Atualizado em 30/11/2020
A COVID-19 exige atenção especialmente por provocar sintomas respiratórios, muito similares aos de um resfriado comum. Em geral, as manifestações mais comuns da doença incluem tosse e falta de ar, muitas vezes acompanhadas de febre e bastante cansaço.
Apesar de a maior parte dos infectados desenvolver a forma leve ou moderada do quadro, segundo o infectologista Júlio Henrique Onita, uma pequena parcela dos pacientes (em torno de 5%) responde pela forma mais severa, em que há a necessidade de um suporte de UTI com intubação e auxílio de ventiladores.
De fato, esses sintomas mais frequentes podem ter intensidade maior ou menor - o que leva a pessoa a uma condição mais ou menos grave. Porém, há sinais menos comuns da infecção causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) que também merecem atenção. Confira quais são e como eles costumam se apresentar no corpo.
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Sintomas menos conhecidos de coronavírus
Por ser uma doença sistêmica, que afeta diversos órgãos e tecidos ao mesmo tempo, a COVID-19 tem uma lista ampla e variada de sintomas. Atualmente, de acordo com o Ministério da Saúde, a infecção é identificada com sinais como:
- Tosse
- Febre
- Coriza
- Dor de garganta
- Dificuldade para respirar
- Perda de olfato (anosmia)
- Alteração do paladar (ageusia)
- Distúrbios gastrintestinais (náusea / vômitos / diarreia)
- Cansaço (astenia)
- Diminuição do apetite (hiporexia)
- Dispneia (falta de ar)
Entre os sintomas listados, alguns não costumam ser recorrentes em pacientes que enfrentam a doença. De acordo com João Prats, infectologista do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, os sintomas mais atípicos de COVID-19 são:
- Dores abdominais (similares a quadros de apendicite e pedra na vesícula)
- Alteração na audição (zumbido)
- Alteração nos olhos (similar à conjuntivite)
- Alteração na pele com manchas ("dedos de COVID-19")
- Dor de cabeça e na nuca (similar à meningite)
- Calafrios
- Gânglios linfáticos aumentados
- Desidratação
Diagnóstico de coronavírus
Para saber se os sintomas apresentados por um indivíduo são ou não de COVID-19, é realizado um diagnóstico que envolve exames clínicos, critérios epidemiológicos, testes laboratoriais e também exames de imagem.
Desse modo, o processo avalia o quadro do paciente e aplica testes para analisar a reação do organismo ao SARS-CoV-2, verificando também se a pessoa esteve em contato com alguém contaminado nos últimos dias. ?Nós consideramos que, após 14 dias, os infectados não transmitem mais o vírus?, afirma Ingrid Cotta, infectologista do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Como forma de controlar a pandemia, a atual recomendação do Ministério da Saúde é que o paciente, ao perceber os primeiros sinais da doença, procure ajuda médica imediata em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou UPAS de sua cidade.
Além de ajudar a confirmar o diagnóstico, esta ação faz com que o paciente inicie o tratamento o mais rápido possível e também contribui para que o vírus não continue sendo transmitido para a população em geral.
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