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O medicamento Remdesivir foi aprovado como alternativa para o tratamento do novo coronavírus. A notícia foi dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), através de um anúncio feito por Gustavo Mendes, gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos. Pela primeira vez, um remédio poderá indicar em sua bula o uso em casos de COVID-19.
Inicialmente desenvolvido para o tratamento de ebola, o remédio demonstrou resultados promissores contra a COVID-19 nas primeiras análises in vitro. Entretanto, apesar de já ter recebido a aprovação para o uso nos Estados Unidos em outubro de 2020, o medicamento ainda é contraindicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido à falta de estudos que demonstrem resultados clínicos concretos.
Ainda não foram divulgados os protocolos para o início do uso da droga no Brasil, como a forma que será aplicada ou se há restrições de acordo com cada quadro de saúde.
Medicamentos contra COVID-19
Em um projeto de pesquisas realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), chamado de Solidarity, foi revelado que alguns dos remédios que vinham sendo analisados desde o começo da pandemia possuem pouca ou nenhuma eficácia no tratamento da COVID-19. Entre eles estão: hidroxicloroquina, lopinavir, interferon e o remdesivir.
Segundo a OMS, até o momento, os corticóides são os únicos medicamentos que apresentaram resposta positiva em casos moderados e graves de infecção por coronavírus. Um pesquisa brasileira, publicada no periódico científico Journal of the American Medical Association (Jama), revelou que o uso de dexametasona ajuda a reduzir o tempo de internação de pacientes adultos por Síndrome Respiratória Aguda Grave causada pela COVID-19 que precisam de respiração mecânica.
"O estudo indicou que o uso de dexametasona em pessoas que precisam de oxigênio diminui a internação e mortalidade. Mas, de maneira alguma, é para o paciente tomar o corticoide em casa, já que ele pode fazer mal ao organismo", explica Ivan Franca, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.