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O ator Paulo Gustavo está internado, sedado e entubado devido à COVID-19. Informações sobre a piora do estado de saúde do artista começaram a circular na noite do último domingo (21) e foram confirmadas pelo marido, o dermatologista Thales Bretas.
"Hoje o amor da minha vida @paulogustavo31 tomou mais um passo na cura da infecção pela COVID-19. Foi sedado e entubado para que a cura consiga se estabelecer nos seus pulmões sem cansá-lo tanto com a falta de ar que o incomodava", escreveu Thales em seu perfil do Instagram.
Paulo Gustavo está internado em um hospital do Rio de Janeiro desde 13 de março, quando começou a apresentar os primeiros sinais da doença. Segundo Thales, o ator é um paciente "jovem, saudável, sem comorbidades e super cuidadoso."
Diante do quadro de saúde do marido, o médico alerta a população e agradece o carinho enviado pelo público neste momento de dor: "Essa infecção é uma loteria e mais pessoas não merecem sofrer. Não consigo responder a todos os amigos que, tenho certeza, só têm mensagens de carinho, afeto e torcida!"
Coronavírus em pessoas fora do grupo de risco
Os casos graves de COVID-19, que necessitam de de intubação, por exemplo, estão associados a pacientes do chamado grupo de risco do coronavírus. Um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, porém, mostrou que aproximadamente 20% das vítimas do coronavírus do Brasil não são do grupo de risco.
Esse aumento de casos em pessoas fora do grupo de risco se deve a um colapso do sistema de saúde e de novas variantes do vírus que apresentam uma transmissibilidade maior do que a cepa original.
Conforme já apontou Lina Paola, infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, em entrevista ao Minha Vida, a transmissão cada vez mais fácil das variantes de coronavírus corroboram para que casos apareçam e, assim, pacientes com quadros mais graves.
Isso se dá porque cada organismo responde ao vírus de maneira individual, embora existam os grupos de risco com mais chances de desenvolver a doença grave. "Se temos mais casos, é provável que tenhamos mais pacientes que, individualmente, evoluem para casos graves. Quando temos milhões de infectados ao mesmo tempo, temos mais casos graves por esse milhão de infectados; a chance de mais casos graves aumenta", pontua.