Ginecologista e obstetra especialista em reprodução humana.
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O que é Candidíase mamária?
A candidíase mamária é uma infecção nos seios causada pelo fungo Candida albicans, podendo atingir apenas o mamilo, o mamilo e a aréola juntos ou, ainda, os ductos lactíferos, secretores do leite materno.
Causas
A candidíase mamária pode ocorrer por dois fatores: quando a imunidade da mulher está baixa ou quando é transmitida pelo bebê com candidíase oral por meio da amamentação.
Para identificar que o bebê está com candidíase oral, a ginecologista e obstetra Ana Paula indica que as mães fiquem atentas à presença de placas brancas na língua, céu da boca e no interior de suas bochechas (parecido com coalhada).
"O fungo Candida Albicans habita naturalmente a pele e a boca do bebê, mas quando sua imunidade está baixa o fungo se prolifera causando a candidíase oral", ressalta.
Sintomas
Os principais sintomas da candidíase mamária são:
- Fortes dores no mamilo
- Sensação de queimadura dentro das mamas
- Coceira e vermelhidão na região
- Feridas nos seios que demoram a cicatrizar
- Fissuras na divisão do mamilo com a aréola e sensação de fisgada na mama enquanto o bebê mama e que permanecem após o bebê terminar de mamar.
De acordo com a ginecologista e obstetra Ana Paula Aquino, especialista em reprodução humana da Huntington Medicina Reprodutiva, nem sempre todos os sintomas estão presentes ao mesmo tempo, mas a dor com sensação de fisgada e a pequena ferida estão presentes em todos os casos.
Diagnóstico
Como saber se tenho candidíase mamária?
O diagnóstico na lactante é baseado nos sintomas da paciente, que muitas vezes podem ser subjetivos e inespecíficos, dificultando a identificação do problema.
"Também é possível realizar uma análise do leite retirado da mama afetada para verificar se o fungo está presente. Porém, esse exame (cultura do leite materno) pode ser pouco eficaz, devido à dificuldade do crescimento desse microrganismo no leite", esclarece a médica.
Tratamento
O tratamento da candidíase leve na mama é feito com o uso de antifúngicos em forma de pomada durante duas semanas.
A ginecologista e obstetra Ana Paula Aquino explica que as mulheres podem aplicar a pomada após cada amamentação e, dependendo do antifúngico usado, não será necessário retirar a pomada antes de dar de mamar.
Veja também: 6 pomadas para tratar a candidíase
Pode amamentar com o diagnóstico de candidíase mamária?
Não é necessário parar de amamentar durante o tratamento da candidíase mamária. "Basta tratar o bebê caso ele apresente sintomas de candidíase na boca, para que não haja uma nova contaminação durante as mamadas", pondera a especialista da da Huntington Medicina Reprodutiva.
Em casos resistentes ao tratamento tópico, é necessário realizar tratamento com antifúngico oral para a mãe. Segundo a médica, a violeta genciana (corante antisséptico) também pode ser aplicada nos mamilos e na boca do bebê uma vez ao dia, durante três ou quatro dias como medida inicial ou caso não haja resposta aos antifúngicos.
Para diagnosticar e acabar com a candidíase mamária, procure um médico, pois somente ele saberá qual o melhor tratamento para cada caso.
Prevenção
É possível tomar medidas preventivas contra a candidíase mamária. Pensando que o fungo se prolifera em ambiente úmido, quente e escuro, vale manter a mama sempre seca no intervalo entre as amamentações. Também é essencial mantê-las arejadas, portanto, aproveite para ficar em casa somente de camiseta, sem sutiã.
"O uso de discos de amamentação de algodão é válido ao sair de casa, desde que sejam frequentemente trocados. Além disso, as chupetas e bicos de mamadeira também podem conter fungos e por isso devem ser fervidos por 20 minutos pelo menos uma vez ao dia", informa Ana Paula.
O ideal é não usar bicos artificiais para amamentar, pois eles facilitam a proliferação de fungos. E por último, mas não menos importante, lavar sempre as mãos.