Dra. Julia Trindade é formada em Medicina pelo Universidade Federal de Pelotas, e Psiquiatra pela Universidade Federal d...
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Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
O que é Catatonia?
A catatonia é um transtorno neuropsiquiátrico que provoca sintomas como imobilidade motora. A condição pode ser consequência de doenças, como a esquizofrenia, e pode se manifestar com movimentos rápidos ou involuntários, além de negativismo profundo, imitação da fala e posturas incomuns.
Causas
A catatonia pode ser o sintoma de algumas condições, como:
- Transtorno bipolar
- Esquizofrenia
- Depressão grave
- Psicose
- Lesões cerebrais
- Abstinência de medicamentos, em casos raros
“Em alguns casos, a catatonia pode ter uma predisposição genética, o que significa que pessoas com histórico familiar dessa condição podem estar em maior risco”, explica Julia Trindade, psiquiatra pós-graduada em Neurociências do Comportamento e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria.
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Sinais
A catatonia é um sintoma que pode se manifestar das seguintes formas:
- Imobilidade, que pode durar breves a longos períodos
- Movimentos rápidos, excessivos e descoordenados
- Ausência de fala
- Negativismo e resistência ao receber instruções
- Imitação de movimentos ou falas
- Posturas catalépticas
Diagnóstico
O diagnóstico da catatonia é feito com a avaliação dos sintomas e do histórico psiquiátrico do paciente. A psiquiatra explica que não existe um exame específico que possa diagnosticar a condição, mas alguns testes podem ser solicitados para descartar possíveis causas, como:
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Tratamento
O tratamento para catatonia varia de acordo com a causa da doença. “É crucial que o tratamento seja personalizado de acordo com as necessidades específicas de cada paciente e seja monitorado de perto por um profissional de saúde mental. A intervenção precoce e a avaliação da raiz do problema são fundamentais para o sucesso do tratamento da catatonia”, informa Julia.
Algumas das abordagens que podem ser usadas como tratamento são:
- Medicamentos: a ministração de medicamentos benzodiazepínicos auxilia no alívio dos sintomas agudos, como ansiedade e agitação. Também podem ser prescritos antipsicóticos e antidepressivos
- Acompanhamento psiquiátrico: o suporte de um profissional psiquiátrico é essencial para o monitoramento da condição e para o cuidado dos sintomas
- Eletroconvulsoterapia: em casos de catatonia grave ou resistente a medicamentos, a terapia eletroconvulsiva (ECT) pode ser considerada. “A ECT é particularmente útil quando outros tratamentos falharam e quando a catatonia representa um risco grave para o paciente”, elucida Trindade.
“É importante reforçar que o tratamento da catatonia deve ser realizado dentro do hospital sempre com o acompanhamento de um profissional especializado”, destaca a especialista.
