Possui graduação em Medicina pela Universidade de Marília (1991) e residência médica pela Universidade de São Paulo (199...
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iO que é Leucemia linfoide crônica?
A leucemia linfoide crônica é um subtipo de leucemia conhecido desde 1903. Ocorre em virtude de uma lesão adquirida, ou seja, não hereditária, no material genético de um linfócito na medula-óssea. Esta célula passa a proliferar sem controle e a invadir diferentes tecidos e o sistema sanguíneo.
Na sua forma crônica, os linfócitos doentes convivem com a produção de sangue normal por longo período de tempo, o que explica a evolução mais lenta deste subtipo de leucemia.
Historicamente a leucemia linfoide crônica é uma doença única e individual. Porém, com o avanço dos estudos imunológicos e genéticos, a leucemia linfoide crônica pode ser classificada em diferentes formas. Verificando-se alterações genéticas ou padrões imunológicos, podemos determinar o prognóstico e a forma de tratamento.
Causas
A etiologia da leucemia linfoide crônica é desconhecida. Parece ter envolvimento de diferentes agentes, tais como:
- Exposição ambiental
- Radiação
- Agentes químicos ou medicamentos usados no tratamento do câncer.
Contudo os trabalhos científicos não observam de forma conclusiva alguma relação causal com os agentes citados. Há especulações que alguns agentes virais possam estar envolvidos.
Saiba mais: Nova forma de combater a leucemia
Sintomas
Os sintomas de leucemia linfoide crônica mais comuns são:
- Fraqueza
- Cansaço
- Sudorese noturna
- Perda de peso
- Febre sem infecção.
Entretanto, o paciente pode estar bem sem nenhum sintoma sugestivo. Muitas vezes o diagnóstico é iniciado por meio de um hemograma realizado de forma preventiva.
Diagnóstico
O diagnóstico da leucemia linfoide crônica envolve a comprovação do aumento de linfócitos no sangue periférico determinado por hemograma seriado; aumento de linfócitos na medula-óssea por meio do mielograma; prevalência de um população anômala de linfócitos pela citometria de fluxo.
Tratamento
Em virtude de ser uma doença de crescimento muito lento, o tratamento pode variar na forma e na intensidade. Pode ser indicado a observação clínica sem tratamento medicamentoso, ou quimioterapia, imunoterapia e/ou transplante de medula-óssea, além de outros recursos, tais como a leucaférese para a retirada dos linfócitos e a cirurgia para retirada do baço.
Tem cura?
Com o tratamento precoce e adequado, as chances de controle da doença são altos.
Prevenção
Não há meios de prevenção baseado no conhecimento atual da medicina.
Complicações possíveis
A progressão descontrolada da doença sem receber tratamento adequado levará a infecções de repetição, aumento da necessidade de transfusões de concentrado de hemácias e plaquetas e o risco de tornar a doença mais agressiva e invasiva, culminando com o óbito.
Referências
Dr. Nelson Hidekazu Tatsui, hematologista e hemoterapeuta (CRM-SP: 73427)