Médico ginecologista e obstetra com subespecialidade em mastologia. Residência médica em Ginecologia e Obstetr...
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O que é Polimastia?
A polimastia, também chamada de mama acessória, é caracterizada pela presença da glândula mamária em outros locais do corpo que não seja o tórax. Quando o bebê está embrião, as mamas são várias e distribuídas em uma linha que vai da axila até a região genital, mas elas se atrofiam e restam apenas os dois seios habituais. Em algumas pessoas, essa regressão não é perfeita e ainda podem restar outras mamas nessa linha inicial.
A polimastia é classificada de acordo com a localização, sendo a mais comum em região axilar, mas também podem ser abdominais e pélvicas.
Causas
A polimastia é causada por uma falha na regressão do tecido mamário existente no período embrionário. No entanto, essa mama pode se atrofiar e não apresentar qualquer sinal de existência. Em alguns casos, somam-se a essa falha de regressão o ganho de peso, o excesso de hormônios e a prolactina — que contribuem para o desenvolvimento da mama acessória.
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Sinais
Como a localização mais comum é em região axilar, os sintomas da polimastia são:
- Presença de massa nas axilas unilateral ou bilateral
- Dores e sensação de inchaço no local, principalmente no período pré-menstrual
- Saída de leite quando há amamentação pelas mamas habituais
Como raramente a polimastia localiza-se fora das axilas, o menos comum é a presença dessa mama rudimentar no abdome e na região pélvica.
Diagnóstico
O diagnóstico de polimastia é feito com um exame físico realizado pelo médico especialista — que pode ser mastologista ou ginecologista. Podem ser feitos outros exames para avaliar a estrutura dessa mama e, em alguns casos, triagem para câncer de mama. Veja os exames:
- Ultrassonografia: mostra a presença de tecido mamário fora do seu sítio normal
- Ressonância nuclear magnética e mamografia: podem auxiliar na melhor definição das mamas axilares.
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Fatores de risco
Os principais fatores de risco da polimastia são:
- História familiar
- Obesidade
- Dieta rica em açúcares e gorduras
- Ausência de atividade física.
Buscando ajuda médica
A polimastia tem o mesmo risco de transformação em câncer de mama que a mama habitual e a necessidade de correção é somente estética. Contudo, se a pessoa notar um rápido crescimento na região das axilas com dor semelhante à sentida nas mamas, o quadro deve ser analisado por um médico mastologista.
Tratamento
O tratamento de polimastia é feito a partir de uma cirurgia para retirada da mama, dependendo do tamanho e da localização Não existem medicamentos com resposta eficaz para a polimastia. Quando mamas acessórias axilares possuem tamanho médio a grande, o ideal é a retirada da glândula com pele.
Contudo, se é uma polimastia de pequeno volume, pode-se obter sucesso com a lipoaspiração. Atividades físicas e redução do peso podem reduzir o tamanho da polimastia e poupar a necessidade de cirurgia.
Tem cura?
Em geral, o tratamento cirúrgico da polimastia apresenta bons resultados e as cicatrizes tendem a reduzir com o tempo. Contudo, é importante evitar o ganho de peso para que não ocorra a recidiva.
Prevenção
Se há histórico familiar importante e a pessoa sente que há um excesso de glândulas nas axilas, o ideal é praticar atividade física aeróbica e ter uma dieta equilibrada para evitar o seu desenvolvimento e a necessidade de cirurgia.
Convivendo (Prognóstico)
Mudança de hábitos, como prática de atividade física e dieta equilibrada, podem regredir a polimastia e evitar a necessidade de correção cirúrgica.
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Complicações possíveis
O surgimento da polimastia pode provocar algumas complicações, como:
- O risco de câncer de mama exista e é igual ao das mamas normais
- Baixa autoestima associada à presença dessa má formação
- Cicatrizes decorrentes da cirurgia
- Dor no local
- Aumento da mama ou das cicatrizes por conta do desenvolvimento da mama após gravidez e amamentação.