Rosa Paula Mello Biscolla realizou Residência Médica em Endocrinologia na Universidade Federal de São Paulo. É especiali...
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O que é Exame de Vitamina D?
O exame de Vitamina D, hidroxivitamina D ou 25(OH)D é utilizado para verificar se as taxas dessa substância estão adequadas no organismo. O diagnóstico leva em conta a soma das concentrações de Vitamina D2 (ergocalciferol) e D3 (colecalciferol) no sangue para um resultado mais abrangente.
A sua importância no corpo é tanta que, hoje em dia, ela já é considerada um hormônio por atuar além das funções tradicionais das vitaminas. O seu papel consiste em participar diretamente dos processos fisiológicos do corpo, na saúde óssea, regulação do metabolismo, além de exercer efeito em diversos órgãos e sistemas.
“A vitamina D é formada na pele após exposição solar (radiação ultravioleta UVB), porém, porém, esta produção depende da quantidade de melanina na pele, da latitude do local, hora do dia da exposição solar, uso de bloqueadores solares, entre outros”, ressalta Rosa Paula Mello Biscolla, endocrinologista do Fleury Medicina e Saúde.
Quando o exame é solicitado?
Especialmente em casos de excesso ou deficiência de Vitamina D, as condições clínicas que levam o médico especialista a solicitar este exame podem ser várias, entre elas:
- Rastrear distúrbios ósseos como osteoporose
- Monitorar doenças crônicas (asma, insuficiência renal, diabetes, artrite reumatóide) e até doenças autoimunes (lúpus e esclerose múltipla)
- Sintomas de deficiência (hipovitaminose) como fraqueza muscular, fadiga persistente, fraturas constantes e malformação óssea em crianças.
- Idosos por terem uma capacidade menor de produzir o hormônio
- Gestantes e lactantes
- Pessoas com pele mais escura
- Usuários de medicamentos que podem afetar os níveis de vitamina D, como corticosteróides e remédios para tratamento de epilepsia
Rosa Paula explica que o alto número de casos com deficiência do hormônio ocorre devido ao fato de que as principais fontes são alimentos não habitualmente consumidos, como peixes oleosos (salmão, atum, sardinha), óleo de fígado de bacalhau e ostras.
“Outro motivo tão recorrente quanto no nosso meio para a causa da deficiência é a não exposição solar observada em pessoas que passam grande parte do dia em locais fechados como escolas, escritórios, hospitais, entre outros”, detalha.
A falta da vitamina D leva a má absorção do cálcio, ocasionando na perda de massa óssea, risco de quedas e fraturas ósseas.
Como ele é feito?
O profissional de saúde recolhe uma amostra de sangue da veia do paciente no laboratório ou em uma visita técnica. A coleta consiste na dosagem de 25 hidroxi vitamina D, que é a forma mais abundante na circulação. Após o procedimento, ela é enviada para análise.
Recomendações
Não há nenhuma orientação específica para a realização do exame. Consulte o laboratório escolhido para mais orientações específicas.
Periodicidade do exame
Constantemente requisitado em check-ups de rotina, a sua solicitação pode ser indicada para todas as pessoas, mas especialmente para:
- Pacientes de risco para perda de massa óssea
- Pessoas acima de 65 anos
- Pacientes com antecedentes de fraturas ou quedas recorrentes
- Gestantes e lactantes
Interpretando resultados
O valor recomendado para população saudável até 60 anos é acima de 20 ng/mL. Este valor pode ser mais alto em pacientes que apresentem risco de perda de massa óssea. A orientação de um médico é essencial nestes casos.
Paula Rosa ainda complementa que, em caso de diagnóstico de deficiência de vitamina D, o tratamento deve ser iniciado e uma nova dosagem deve ser realizada para controle do uso da medicação.
O que pode afetar o resultado?
Pacientes que usam altas doses de vitamina D podem ter a dosagem muito elevada, o que pode levar à intoxicação. Por isso, é importante que a avaliação da dosagem de vitamina D seja acompanhada por um médico, assim como a prescrição da medicação se necessário.