O que é stent
Stents são próteses cilíndricas, geralmente metálicas, que devem ser colocadas de forma intravascular, ou seja, dentro dos vasos sanguíneos, sendo comum no caso de obstrução de artérias. Quando inserido, o stent é expandido, abrindo espaço para o fluxo de sangue.
Para que serve
O stent é utilizado no combate aos efeitos de condições associadas à obstrução das artérias. No local do bloqueio vascular, é inserido um balão que é inflado, expandindo a liga metálica. A prótese lá permanece, evitando o fechamento da artéria.
Por conta disso, sua aplicação usualmente visa a diminuição da agressividade das cirurgias e do sofrimento cardíaco, conhecido como isquemia - muitas vezes caracterizado pela angina, dor no peito gerada pela falta de oxigenação no coração.
Stent coronário
Os stents podem ser inseridos em qualquer artéria, mas um de seus pontos principais é que evitam que placas de gordura voltem a fechar os vasos. Por esse motivo, quando se fala em cardiologia, a prótese costuma ser aplicada na coronária para fazer a desobstrução da artéria, impedindo que haja infarto no músculo do coração, como esclarece Ausonius Magno, cardiologista do Hospital Albert Sabin.
É importante frisar, no entanto, que o stent não cura doença coronária. "Ele recanaliza, mas a patologia primária, chamada aterosclerose, continua lá. O paciente, provavelmente, vai ter de tomar remédio para colesterol, por exemplo", alerta Jorge Zarur Neto, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.
Stent, angioplastia e cateterismo
A relação entre o cateterismo e a aplicação do stent é que ambos fazem parte do processo de angioplastia. O primeiro serve, na verdade, como um exame no qual um cateter é inserido dentro dos vasos e artérias para visualizar obstruções ou malformações.
De acordo com o cardiologista Ausonius Magno, a próxima etapa do procedimento é a troca desses cateteres usados para diagnóstico por cateteres terapêuticos, através dos quais são passados os balões e, depois, posicionados os stents.
É importante ressaltar que, por ser um procedimento diagnóstico, o cateterismo nem sempre requer o procedimento terapêutico, o qual consiste na colocação do stent.
Tipos de stent
Stent metálico convencional
Os stents metálicos convencionais são os mais utilizados, fabricados a partir de ligas metálicas. Ao inseri-los, é necessário atenção ao processo de cicatrização, pois, caso ocorra de maneira exacerbada, pode acarretar na reobstrução da artéria.
Apesar de apresentar componentes de metal, o stent não impede que o indivíduo passe por detectores de metais ou portas com sensores.
Stent farmacológico
Os stents metálicos farmacológicos também são fabricados a partir de ligas metálicas. No entanto, eles são recobertos por medicamentos anticoagulantes, com o intuito de evitar o processo de cicatrização exagerada.
Stent bioabsorvível
Os stents bioabsorvíveis são descobertas mais recentes. Como o próprio nome sugere, eles são absorvidos pelo corpo com o passar do tempo, tornando-se praticamente indetectáveis depois de meses.
Quanto tempo dura o stent do coração?
Os stents metálicos são fabricados com uma liga que envolve alguns metais, e são aderidos à parede dos vasos. Desse modo, salvo o caso dos biodegradáveis, os stents permanecem no corpo do indivíduo durante toda a vida. Casos excepcionais que exigem a retirada da prótese envolvem quadros, por exemplo, de trombose.
Efeitos colaterais
Os stents não possuem efeitos colaterais propriamente ditos. Os efeitos negativos, como a trombose, costumam vir de um processo de coagulação do corpo. Para um baixo índice desses efeitos, é importante seguir a prescrição médica de uso de medicamentos antiplaquetários.
Além disso, existem também os riscos de procedimento da angioplastia. Por isso, é necessário que ela seja realizada por um profissional capacitado, que tenha entendimento da anatomia coronariana e do tamanho do stent.
Preços do stent
Os valores dos stents variam de acordo com o fabricante e, evidentemente, do tipo. Um modelo metálico convencional pode oscilar em precificação entre 800 e 1.000 reais. Já a inserção desse tipo de stent pode ser realizada gratuitamente pelo SUS.
Modelos bioabsorvíveis, por outro lado, podem variar de 10.000 a 12.000 reais, por serem recentes no mercado. Dessa maneira, a escolha do tipo de stent deve levar em conta elementos de necessidade e também financeiros por parte dos médicos no sistema privado.
Referências
Jorge Zarur Neto, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo - CRM 116835 SP
Ausonius Magno Ferreira, médico Cardiologista do Hospital Albert Sabin de SP - CRM 185763