Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Sergipe (2008). Residência Médica em Neurologia pela Santa Casa de Mis...
iRedatora entusiasta de beleza e nutrição, autora de reportagens sobre alimentação, receitas saudáveis e cuidados pessoais.
iO que é Neuropatia periférica?
A neuropatia periférica é uma condição que afeta os nervos periféricos, responsáveis por encaminhar informações do cérebro e da medula espinhal para o restante do corpo. Ela pode causar danos permanentes aos nervos, sendo muitas vezes um problema incapacitante, causando dor, dormência e problemas musculares.
Causas
Podem ser inúmeras as causas de neuropatia periférica, entre elas:
- Alcoolismo
- Doenças autoimunes, como Síndrome de Sjogren, lúpus, artrite reumatoide
- Diabetes
- Exposição a venenos
- Medicações, especialmente os utilizados em quimioterapias, como cisplatina, paclitaxel e docetaxel
- Infecções virais e bacterianas, como a doença de Lyme, hepatite C, hanseníase, e HIV
Saiba mais: Como o diabetes pode estimular a neuropatia?
Sintomas
Sintomas de neuropatia periférica
Os sintomas da neuropatia periférica incluem:
- Dormência e formigamento
- Sensação de queimação nos braços e nas pernas
- Fraqueza muscular
- Cãimbras
- Náusea e vomitos
- Tontura
- Dificuldade para digerir os alimentos
- Homens podem ter problemas com ereção e mulheres podem ter problemas com secura vaginal ou em orgasmos
- Algumas pessoas podem não ser capazes de saber quando a glicose no sangue estiver muito baixa
- Problemas de bexiga, como vazamento de urina e dificuldades para urinar
Saiba mais: Neuropatia periférica: mitos e verdades sobre a doença
Diagnóstico
O diagnóstico da neuropatia periférica pode ser feito através de exames, como:
- Exame neurológico: exame do cérebro e do sistema nervoso que pode revelar problemas com o movimento, a sensibilidade ou o funcionamento dos órgãos
- Exames de sangue: para detectar doenças como diabetes, deficiências vitamínicas, problemas na tireoide ou outras doenças
- Eletroneuromiografia: um registro da atividade elétrica nos músculos
- Testes de velocidade da condução nervosa (VCN): registro da velocidade na qual os sinais se deslocam ao longo dos nervos
- Biópsia do nervo: retirada de uma pequena mostra do nervo para observá-la por meio do microscópio
Na consulta médica
Entre as especialidades que podem diagnosticar uma neuropatia periférica estão:
- Clínica médica
- Neurologia
- Imunologia
- Oncologia
- Endocrinologia.
Tratamento
Tratamentos para neuropatia periférica
As opções de tratamentos de neuropatia periférica incluem:
- Fisioterapia: para retomar a força e o controle muscular
- Cirurgia: em alguns casos, o paciente pode precisar de cirurgia para interromper a lesão no nervo
- Vitaminas: é possível fazer o uso de suplementos na dieta para repor vitaminas importantes para a saúde dos nervos, como vitamina B1, vitamina B6 e vitamina B12
Medicamentos
Os remédios para o tratamento de neuropatia periférica são:
Tem cura?
A maior parte dos casos de neuropatia periférica não tem cura. Alguns desses problemas não interferem na vida diária, outros pioram muito rapidamente e podem levar a sintomas e problemas graves e de longo prazo, como dores crônicas. O resultado do tratamento da neuropatia periférica depende da causa da lesão do nervo.
Prevenção
É possível reduzir o risco de neuropatia periférica através de algumas medidas, como:
- Beber álcool com moderação
- Seguir uma dieta balanceada e rica em vitaminas
- Manter o diabetes e outros problemas médicos controlados.
Saiba mais: Neuropatia diabética: é possível prevenir?
Convivendo (Prognóstico)
É possível tornar melhor a convivência com a neuropatia periférica com o auxílio de algumas medidas, como:
- Organizar a casa: pessoas com neuropatia correm maior risco de quedas ou lesões, por isso é importante remover os fios soltos e tapetes por onde caminha, garantir uma boa iluminação e ter um apoio sempre que precisar, como instalar corrimãos
- Cuidar da pele: use calçados para proteger os pés de lesões, atente-se à presença de feridas e evite pressionar áreas com lesão dos nervos por muito tempo
Saiba mais: 10 dicas importantes para conviver melhor com a neuropatia periférica
Complicações possíveis
Devido à dormência, um paciente com essa condição pode ser menos propenso a sentir mudanças de temperatura ou dor, além de possuir a ausência de sensibilidade em regiões inferiores do corpo, como pernas, pés e dedos dos pés, o que pode causar infecções, especialmente em pessoas com diabetes.
Saiba mais: Neuropatia periférica: você está em risco?
Referências
Ministério da Saúde
National Institute of Neurological Disorders and Stroke
American Podiatric Medical Association
The Neuropathy Association
Manual MSD