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Dimas Covas, atual presidente do Instituto Butantan, em São Paulo, anunciou recentemente que o centro de pesquisas já está estudando a criação de uma vacina única contra a gripe e a COVID-19. De acordo com ele, o desenvolvimento do novo imunizante tornaria a vacinação geral da população mais prática, rápida e barata.
O estudo está em fase de prova de conceitos e, por enquanto, não há previsão para o início dos testes clínicos. Apesar disso, espera-se que a criação dessa vacina, além de acelerar o processo de vacinação, diminuiria os custos do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.
Enquanto aguarda os próximos passos da pesquisa, o Instituto Butantan adianta que a junção de vacinas é uma técnica eficaz e segura, utilizada em outros imunizantes que já são aplicados na população. É o caso da tetra viral, que protege contra o sarampo, caxumba, rubéola e varicela. Outras vacinas combinadas aplicadas no Brasil são: tríplice viral, tríplice bacteriana, penta bacteriana acelular, hexa acelular, entre outras.
Vacinação contra a gripe
Atualmente, a vacina contra gripe produzida pelo Butantan é trivalente, ou seja, é eficaz contra três tipos de cepa do vírus influenza. Em 2021, a campanha de imunização contra a doença está sendo realizada paralelamente à campanha contra o novo coronavírus. Segundo o PNI, devem tomar a vacina da gripe prioritariamente:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
- Gestantes
- Puérperas
- Povos indígenas
- Trabalhadores da saúde
- Idosos com 60 anos ou mais
- Professores
- Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
- Pessoas com deficiência permanente
- Forças de segurança e salvamento
- Forças armadas
- Caminhoneiros
- Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso
- Trabalhadores portuários
- Funcionários do sistema prisional
- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.
Vacinação contra a COVID-19
Em 2020, com o início da pandemia global causada pelo coronavírus, a corrida pela criação de uma vacina contra a COVID-19 foi um dos assuntos mais comentados mundialmente. Junto com diversas medidas de proteção, como o uso de máscaras e o distanciamento social, a vacinação é a forma mais eficaz e segura para controlar a pandemia e a transmissão do vírus.
No Brasil, até o momento, quatro vacinas foram autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa):
- Instituto Butantan/Sinovac/CoronaVac (uso definitivo)
- Fiocruz/Universidade de Oxford/AstraZeneca (uso definitivo)
- Pfizer/BioNTech (uso definitivo)
- Janssen Pharmaceuticals/Johnson Johnson (uso emergencial).
A partir da relação dos grupos prioritários para a imunização, que vem sendo estipulada pelo Ministério da Saúde, cada estado e município brasileiro também tem autonomia para montar seu esquema de vacinação. Atualmente, segundo os dados do consórcio de veículos de imprensa, mais de 11% da população brasileira está totalmente imunizada (com as duas doses tomadas) contra a COVID-19.
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