Formada em Psicologia há 23 anos pela Unifil, pós graduada em Obesidade e Transtornos Alimentares pela PUC-PR.Hipnoterap...
iAs dissoluções de uniões conjugais aumentaram cerca de 20% nos últimos dez anos no País, segundo os dados do Censo 2010 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De 2000 até 2010, o número de pessoas envolvidas em algum tipo de separação passou de 11,9% para 14,6%.
Apesar dos números, o casamento é um compromisso que continua em alta, uma alternativa apreciada por um grande número de pessoas no mundo todo. Recebemos notícias de pessoas se casando o tempo todo, ao mesmo tempo em que ficamos sabendo de vários casais que se separam, porém esse fato não chega a alarmar os candidatos que querem subir ao altar ou mesmo que juntam seus pertences para morarem sob o mesmo teto, compartilhando a vida e gerando filhos.
O casamento implica uma relação interpessoal de intimidade e coabitação, embora possa ser visto por muitos como um contrato. Quando ele não caminha bem e difere dos contos de fadas que ouvimos desde pequenos a respeito da vida a dois, muitos casais fazem a opção de não olharem para as divergências. Desse modo, vivem um "faz de conta" e levam adiante uma história infeliz. Há também os casais que resolvem se separar sem sequer ter recorrido à ajuda de profissionais especializados nessa área.
A importância de ouvir um profissinal
A separação pode acontecer por uma inabilidade do casal em resolver conflitos. Cada um usa os seus próprios referenciais para julgar sem ao menos dar a chance de ouvir o outro, pois normalmente estamos tão presos a crenças que fomos criados que não enxergamos outras realidades. Ouvimos somente o que queremos ouvir e interpretamos de forma distorcida situações que de alguma forma nos são convenientes.
O trabalho terapêutico irá possibilitar a recontextualização das situações vivenciadas em casal, revendo crenças que cada um tem em relação ao casamento. Como estamos envolvidos na relação disfuncional (com conflitos), não temos percepção do quanto a relação deve ser dupla em vez de uma via única, ou seja, ela depende da ação conjunta do casal para que o casamento se ajuste e o casal possa reconstruir a vida
Pelo fato de estarem tão centradas em acusar o outro, as pessoas envolvidas também acabam se esquecendo de olhar para as próprias atitudes. Dessa forma, distanciam-se da responsabilidade de realizar mudanças que possam trazer uma harmonia entre o casal.
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Ao poder ouvir o outro dentro de um processo de terapia de casal, o casal começa a refletir e buscar soluções conjuntas, envolvendo diálogo, afeto, tolerância e ações efetivas para recuperação do casamento. Essas ações dependerão das duas partes envolvidas e não somente de um dos parceiros.
Os casais se enganam quando param com os cuidados do cotidiano. No casamento, os dois precisam de atenção constantemente e os pequenos carinhos, agrados, mimos, podem ser os diferenciais para uma relação duradoura.