Desde pequeno, Dr. Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo sonhava em ser médico-cirurgião para amenizar o sofrimento humano...
iO câncer de cólon e reto é o terceiro mais comum no mundo, sendo que só no Brasil foram contabilizados 30.140 casos novos. Entre os principais fatores de risco para o câncer de cólon e reto estão histórico familiar, dieta rica em carne vermelha e gorduras e pobre em verduras, legumes e frutas, consumo frequente de álcool, doença inflamatória intestinal, obesidade, sedentarismo e, para os casos de câncer de reto, a radioterapia para câncer de próstata ou tumores ginecológicos.
Como em alguns casos o câncer de cólon e reto não apresenta sintomas, é recomendado fazer o exame de colonoscopia anualmente a partir dos 45 anos ou 35 anos, caso haja histórico familiar ou comportamento de risco. A doença tem quatro estágios, sendo que a sobrevida em cinco anos é de 75% para diagnósticos no estágio I e apenas 5% para cânceres diagnosticados no estágio IV - daí a importância do diagnóstico precoce.
O único tratamento que cura o câncer de cólon e reto é o cirúrgico. Nos casos do câncer de cólon, o tratamento consiste em retirar o tumor, os vasos que nutrem o tumor e os linfonodos na raiz dos vasos (mesentério). Nos casos de câncer do reto, os principais tratamentos são a ressecção parcial do mesorreto, envolvendo ou não os músculos do assoalho pélvico. Em alguns casos, pode ser feita a quimioterapia e radioterapia pré-operatória, para reduzir o tamanho da massa tumoral e assegurar a preservação do esfíncter, poupando o paciente da chamada colostomia definitiva.
O câncer colorretal também pode ser operado por laparoscopia ou colonoscopia, ambos procedimento minimamente invasivos feito internamente com ajuda de uma câmera ? os instrumentos são o laparoscópio e o colonoscópio, respectivamente. A laparoscopia no geral tem uma recuperação mais rápida, com menos agressão imunológica e menos dor.
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Entretanto a cirurgia robótica é uma alternativa muito mais precisa para retirada dos tumores de cólon e reto. Podemos utilizar a metodologia para os mesmos casos em que usamos a laparoscopia, com a vantagem de que a cirurgia robótica é mais precisa e a visão é melhor (em 3D, ao contrário do 2D da laparoscopia). No caso do câncer de reto, essas vantagens proporcionam a ressecção do tumor com a preservação dos nervos genitais, urinários e do próprio reto. Ou seja, a cirurgia robótica permite a mesma cirurgia oncológica realizada em céu aberto ou por laparoscopia, com mais precisão. Por último, com a nova plataforma robótica, existe a possibilidade de injetar solução de verde de indosianina na veia, que tem propriedade de corar os ganglios linfáticos, permitindo um melhor clareamento das áreas tumorais.
Quanto à recuperação, a cirurgia robótica tem todas as facilidades da cirurgia laparoscópica, mas com maior precisão técnica e menor sangramento. As vantagens dessas com relação à laparoscopia são o uso de um sistema ótico estável e braços articulados, permitindo movimentação das pinças com sete graus de liberdade.
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Nos casos do reto, podemos empregar o robô para excisão do mesorreto pela precisão da robótica, com maior facilidade de preservação de nervos. Além disso, as técnicas laparoscópica e robótica podem ser utilizadas para ressecção de tumores pequenos no reto de até 08 cm da borda anal sem invasão, onde se pode ressecar localmente, incluindo o meso reto abaixo do tumor ou ainda seccionando o reto abaixo do tumor e ressecando o mesorreto e o reto até a reflexão do peritoneo, facilitando o tempo abdominal da cirurgia.