Daniella Freixo de Faria é especializada em psicologia analítica e transpessoal e formada pela PUC-SP. Dentre as várias...
iNas festas de final de ano, principalmente no Natal, nos conectamos com a força do amor. Cidades enfeitadas, pessoas se encontrando, muita troca de amor, é possível sentir o calor de cada encontro. Corações mais abertos e a vontade de ajudar, de reconhecer o outro.
Conectamo-nos com quem conhecemos e com quem não conhecemos. Relacionamo-nos de outra maneira, mas e nos outros 364 dias do ano? Encontramos o individualismo, cada um na sua vida separada e sem conexão. Muitas vezes encontramos a solidão. O que é um grande convite para o medo em nosso cotidiano. Essa imensa diferença nos convida a uma reflexão importante sobre nossas crenças.
Se nessa época podemos viver a real fraternidade, como seria vivermos isso ao longo de todo o ano. Como seria educarmos nossas crianças para viverem essa realidade? Que mundo nós construiríamos se nosso olhar para o outro se tornasse realmente mais fraterno, e passássemos isso para os pequenos?
Para isso é preciso rever uma importante crença: a de que estamos separados. Essa emoção do Natal e o quanto nos conectamos pelo amor nessa época nos conta como poderíamos viver o ano todo. É possível viver de outro lugar, com a nova crença, estamos interligados, somos todos um. E podemos passar isso para nossos filhos. Temos lindos exemplos: o mesmo ar, as águas nos ligando, o mundo todo comemorando as mesmas datas, o mesmo amor, e o ser mãe, ser pai, ser filho, ser irmão. Experiências tão únicas e tão comuns que acontecem em todas as línguas, culturas, em todas as partes da nossa casa, o nosso planeta Terra.
Perceber e sentir que somos um é o primeiro passo para que seja possível olhar para o outro e percebê-lo parte de cada um de nós. Assim, ao cuidar do outro, cuido de mim, cuidamos de todos nós.
Quando percebemos essa linda conexão, nós podemos colocar por terra mais uma crença, a da competição, de que um precisa ganhar e o outro perder. Podemos chegar a uma nova crença: a colaboração, e assim transmiti-la. Conectando com o amor naturalmente tudo começa se movimentar e com isso, colaborar através do amor passa a ser o caminho mais fácil.
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Temos opção de vivermos na velha ou na nova crença, vivermos no medo ou no amor. Afinal como queremos viver? Como queremos educar nossos filhos? Ao revermos essas crenças mudamos significativamente a educação de nossas crianças e mudamos a vida de todos nós.
Que esta data nos permita abrir o coração e seguir em frente desse novo lugar, ensinar isso para os nossos filhos e assim, todo esse maravilhoso e abundante amor, desta noite de natal possa permanecer e seguir conosco sempre, sempre.