Possui graduação em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (1973) e doutorado em Faculdade de Medicina pela Faculdade...
iTodo câncer é causado por alguma influência nos genes das células de alguma parte do organismo. Isto não significa que esta alteração seja hereditária.
O câncer pode ser classificado em esporádico ou hereditário. O câncer esporádico compreende a maioria dos casos de câncer e ocorrem ao acaso, não havendo relação com grupos familiares. Já o câncer hereditário é caracterizado por síndromes geneticamente bem definidas, produzindo alto risco de desenvolvimento de câncer. Estima-se que represente em média 5% a 10% das ocorrências de alguns tipos de câncer na população.
No caso do câncer esporádico, a vasta maioria dos casos, trata-se de uma relação dos genes de células adquirida ao longo da vida e que não foram herdadas (passada de pais para filhos). O indivíduo que adquiriu esta alteração genética ao longo da vida não irá passar esta alteração para seus filhos.
No caso do câncer hereditário, os tumores mais frequentemente associados a alterações genéticas hereditárias são: câncer de mama, câncer de cólon e reto, câncer de ovário e câncer de tireoide. Importante lembrar, no entanto, que nem todo indivíduo que herda uma predisposição genética irá desenvolver o câncer.
Atualmente, testes genéticos permitem identificar mutações nos genes associados ao câncer hereditário de mama, ovário e intestino.
A orientação ou decisão quanto à necessidade de se fazer testes genéticos deve ser feita em conjunto pelo médico oncologista e/ou por um profissional especializado em aconselhamento genético.
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Na impossibilidade de se fazer o teste genético, o oncologista pode usar alguns fatores relacionados ao paciente (sendo a história familiar o mais importante), ao tumor e ao grau de parentesco para prever que conduta teria a melhor chance de prevenir o aparecimento de um tumor em um parente determinado.