As estrias ocorrem na gravidez, adolescência, obesidade, assim como em numerosas condições médicas como, por exemplo, efeito secundário a medicações (anticoncepconais, corticóides), tabagismo, amamentação, pós operatório de prótese de mamas, aumento rápido e exagerado da massa muscular, alterações hormonais, etc.
Sua incidência pode ser de 50 a 90% dependendo da raça ou sexo, sendo menor na raça branca, maior no sexo feminino e há uma tendência da genética e fatores familiares serem muito importantes no seu aparecimento. Nos pacientes com a pele do tipo pardo, negro ou amarelo, os cuidados devem ser redobrados. Embora haja relatos de uma incidência maior de estrias na raça negra, há estrias em todas as raças, mas nessas em especial, as estrias mais tardias, que ficam esbranquiçadas, ficam muito mais aparentes e podem causar desconforto em termos estéticos.
Essas linhas brancas ou avermelhadas podem ocorrer em qualquer lugar do corpo e estão relacionadas à distensão da pele. Ocorrem principalmente nas mamas, axilas, coxas internas e laterais, nádegas, abdômen e algumas vezes nas costas e joelhos. Numa definição mais simplificada, seriam marcas semelhantes a cicatrizes que podem ser avermelhadas ou brancas brilhantes com pele fina que podem ser únicas, múltiplas, longas ou curtas.
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Os tratamentos atuais tem o objetivo de afiná-las, torná-las claras, melhorar a pele sobre as estrias e melhorar a pele ao seu redor, algumas visam descolar as fibras que deprimem as estrias, cortando-as e estimulando a formação de colágeno sob as mesmas.
São inúmeras as opções terapêuticas para todos os tipos de pele e há uma maior possibilidade de resultados quando as tratamos na fase inicial avermelhada. Nenhuma das técnicas vigentes podem prometer a cura mas sim, amenizá-las.
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Dizemos que se há muitas alternativas terapêuticas, nenhuma resulta em cura. Vamos exemplificar alguns tipos de tratamentos:
Cremes: variam entre óleos diversos, vitaminas, despigmentantes e ácidos que podem ser prescritos como uma única composição ou associados;
Peeling: são substâncias mais fortes aplicadas na estria ou na área de estrias com o objetivo de causar uma descamação da pele resultando em uma área de pele mais homogênea e melhorando a textura da pele;Injeções de estimuladores do colágeno, da circulação sanguínea associados ou não a vitaminas;
Laser: são diversos tipos de laser, com princípios de ação diferentes, mas algumas como o laser de CO2 (gás carbônico) podem trazer uma grande melhora, quando aplicada com técnicas mais modernas, principalmente no abdômen após a gravidez.
Com relação aos resultados, as estrias vermelhas respondem melhor que as brancas e as decorrentes da gravidez mais que as do aumento repentino de peso e outras causas e menor resultado, aquelas devido ao crescimento, especialmente as da região posterior ao joelho e as muito antigas.
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A pele negra, em específico, tem uma grande tendência a resultados estéticos ruins, desenvolvendo alterações de cor da pele (cor mais escura ou mais clara), dificuldades na cicatrização resultando em quelóides de tamanhos variáves, de difícil tratamento. Tais alterações de cicatrização podem ser resultado dos tratamentos com peelings, laser, transcisão ou até mesmo o microagulhamento. Portanto, as causas iniciais devem ser combatidas, especialmente a grande variação de peso corporal, evitando-se o aumento de peso e portanto o estiramento da pele levando a formação das estrias, cuidado no uso de corticóides na pele, cuidados na escolha de próteses de tamanhos exagerados, etc.
Geralmente associamos as técnicas na tentativa de oferecer o melhor resultado possível, mas orientamos que o objetivo não é a cura, mas a melhora do aspecto das marcas. além dos resultados limitados, há necessidade de um grande comprometimento do paciente, dependendo da metodologia escolhida.
Essas técnicas não são isentas de complicações ou contra-indicações, por exemplo, mães que estão amamentando, não podem utilizar determinados cremes nem peelings.
Dentre as complicações devemos citar cicatrizes, descoloração ou escurecimento da pele na região tratada, especialmente nos pacientes com pele do tipo mais escuro ou com tendências a formação de quelóides ou cicatrizes hipertróficas. além disso, devem evitar a exposição solar a qualquer custo para que não haja marcas de difícil resolução.