Possui graduação em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo (1986). Especialista em Nutrição Hospitalar em Cardiol...
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A espinheira santa (Maytenus ilicifolia) pertence à família Celastraceae. É uma planta medicinal nativa da região sul do Brasil. A espinheira santa tem sido eficaz no combate às dores de estômago, gastrite, úlcera, azia e queimação, devido às propriedades medicinais que possui.
Benefícios da espinheira santa
Boa contra as úlceras: A espinheira santa conta com taninos que têm poder cicatrizante de lesões ulcerosas no estômago por controlar a produção de ácido clorídrico no órgãos.
Combate a gastrite: A espinheira santa é boa em casos de gastrite. Este benefício ocorre devido aos taninos presentes na planta que estão relacionados à diminuição da secreção do ácido clorídrico pelas células do estômago e assim atenuam a gastrite.
Alivia os gases: A espinheira santa tem ação antisséptica, devido à expressiva quantidade de taninos, atuando rapidamente na paralisação das fermentações gastrintestinais e é carminativa, por isso ela é indicada em casos de gases.
Ação diurética: A espinheira santa tem ação levemente diurética devido à presença de triterpenos, composto bioativo, em sua composição.
Melhora o trânsito intestinal: A espinheira santa melhora o trânsito intestinal devido à mucilagem presente nesta planta.
Alivia dores no estômago: Por evitar a secreção de ácido gástrico, a espinheira santa ajuda a aliviar as dores no estômago.
Previne câncer de pele: Os triterpenos encontrados na espinheira santa possuem propriedades contra o câncer de pele. Vale ressaltar que, caso tenha um tumor, é importante conversar com seu médico antes de consumir a planta.
Saiba mais: Cuidados na alimentação das pessoas com gastrite
Ação cicatrizante: A espinheira santa possui na composição os ácidos tônico e silícico, que possuem a ação antisséptica e cicatrizante.
Nutrientes da espinheira santa
- Epigalocatequina, que têm poder cicatrizante de lesões ulcerosas no estômago por controlar a produção de ácido clorídrico no órgão
- Ácidos tônico e silícico, que possuem a ação antisséptica e cicatrizante
- Fridenelol, que tem efeito gastroprotetor
- Taninos, que possui poder antisséptico por paralisar as fermentações gastrintestinais e analgésicos.
Como consumir
A quantidade recomendada de espinheira santa é: de duas a três xícaras de chá ao dia ou duas cápsulas três vezes ao dia, ou 20 gotas do seu extrato em 1/3 de copo d´agua duas vezes ao dia.
Ao consumir a espinheira santa as partes utilizadas são as folhas, as cascas e as raízes. Estas partes podem ser ingeridas como chás, tinturas ou cápsulas ou usadas externamente como cicatrizantes da pele.
1- Chá de Espinheira-santa
O chá de espinheira santa pode ser consumido após as refeições para ajudar na digestão. Para prepará-lo, ferva três colheres de sopa da erva com 500 ml de água, abafe, coe e tome.
2- Cápsula de Espinheira-santa
As cápsulas de espinheira santa são opções quando o paciente tem intolerância ao cheiro e/ ou gosto da planta. Tome uma ou duas cápsulas de espinheira santa antes das principais refeições.
Riscos do consumo em excesso
O consumo em excesso de espinheira santa pode provocar náuseas e boca seca, gosto estranho na boca, cefaleia, sonolência, tremor e dor nas articulações das mãos, cistite e poliúria.
Contraindicações da espinheira santa
A espinheira santa é contraindicada em casos de gravidez ou tratamento da infertilidade feminina por ter um efeito abortivo descrito em pesquisas científicas. Também é contraindicado durante o período de amamentação, pois pode levar à redução do leite materno.
A espinheira santa também não é recomendada para crianças
Não confundir a espinheira santa com a Mata-olho (Sorocea bonplandi) e a falsa espinheira santa (Zollernia ilicifolia) que causam danos à saúde.
Fonte:
Nutricionista Adriane dos Santos, do Hospital Adventista Silvestre.
Estudo das propriedades farmacológicas da espinheirasanta (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek) e de duas espécies adulterantes Study of the pharmacological properties of espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek) and of two adulterating species Wilker Marlon de Moraes Jesus¹; Tarcísio Neves da Cunha². Revista Saúde e Desenvolvimento / vol. ? nº 1 / Jan ? Jun 2012.