Redatora entusiasta de beleza e nutrição, autora de reportagens sobre alimentação, receitas saudáveis e cuidados pessoais.
iConseqüências
Os problemas relacionados à pressão arterial acabam dando origem a uma série de outros males. Conheça alguns e veja como eles abalam a sua saúde a médio e longo prazo.
O que é arteriosclerose e como ela está relacionada à pressão alta?
Um dos problemas mais sérios relacionados à pressão alta é a arteriosclerose, que pode levar a doenças coronarianas. Pessoas com pressão alta têm mais chances de desenvolver doenças coronarianas porque a pressão alta coloca mais força nas paredes das artérias. Com o tempo, essa pressão extra pode danificar as artérias, tornando-as mais vulneráveis ao estreitamento e ao depósito de placas. Isso reduz o fluxo de sangue para o coração, privando-o de oxigênio. O endurecimento das paredes das artérias também pode levar à formação de pequenos coágulos de sangue.
Quais são os sintomas da arteriosclerose? Em geral, ela não tem sintomas até que uma artéria restrinja muito o fluxo de sangue. Nesse ponto, você pode sentir dor no peito porque não há sangue suficiente chegando ao coração. Essa dor vem com o esforço ou até mesmo quando a pessoa está em repouso. Ataque do coração?
Acontece quando o fluxo de sangue no coração é interrompido. Sem sangue e oxigênio, parte do órgão começa a morrer. Nem sempre um ataque do coração é mortal. Um atendimento rápido pode restabelecer o fluxo sanguíneo.
Como a arteriosclerose é diagnosticada?
Normalmente, a arteriosclerose não é diagnosticada até a pessoa reclamar de dor no peito. Nesse estágio, o médico pode realizar exames de vão avaliar o risco de doenças do coração. São eles:
Eletrocardiograma: exame que verifica a atividade elétrica do coração. Pequenos eletrodos são fixados na pele do seu peito, braços e pernas
Cateterismo: Introdução do cateter para diagnosticar problemas cardíacos ou obstrução nas artérias
Testes de esforço: durante esse exame, você se exercita numa bicicleta ergométrica ou numa esteira para elevar seus batimentos cardíacos enquanto eles são monitorados
Ecocardiograma: um exame de ultra-som do coração. Permite fazer uma análise da anatomia e do funcionamento do órgão. Em geral, é acompanhado de um exame de som, que verifica o fluxo sanguíneo pelo coração
Tomografia computadorizada: um raio-x e um computador são usados para construir uma imagem do coração
Ressonância magnética: faz imagens dos vasos sanguíneos, mostrando onde eles podem estar bloqueados
Como a arteriosclerose é tratada?
Mudanças na dieta, aumento dos exercícios e alguns remédios para reduzir o colesterol no sangue são os tratamentos indicados. O médico também pode recomendar uma angioplastia (um cateter com um balão na ponta é usado para desobstruir as artérias) e um extensor (um pequeno cilindro metálico que é colocado dentro da artéria depois de uma angioplastia para mantê-la aberta). Em alguns casos, uma cirurgia também é necessária.
Pressão alta e derrame
Um derrame ocorre quando o fluxo de sangue para uma área do cérebro é paralisado. Como resultado, as células do cérebro, sem o oxigênio e a glicose necessários para a sobrevivência, morrem. Se não detectado logo, estragos permanentes podem se instalar. Pessoas hipertensas têm de quatro a seis vezes mais chances de ter um derrame.
Como ocorre um derrame?
Existem dois tipos de derrame:
Isquêmico: É semelhante a um ataque do coração, mas ocorre nos vasos sanguíneos do cérebro. Os coágulos podem se formar tanto nos vasos sanguíneos do cérebro ou nos vasos que chegam ao cérebro. Esses coágulos barram o fluxo de sangue para as células do cérebro. O derrame isquêmico também ocorre quando muita placa gordurosa se acumula nos vasos sanguíneos do cérebro. Cerca de 80% dos derrames são dessa natureza
Hemorrágico: Ocorre quando um vaso sanguíneo do cérebro se quebra ou rompe. O resultado é o sangue se espalhando para os tecidos, danificando as células. As causas mais comuns são pressão alta e aneurisma (dilatação anormal de um vaso)
Sinais de alerta de um derrame
Caso você tenha um desses sinais, procure ajuda médica imediatamente:
Enfraquecimento no rosto, braço ou perna, especialmente se ocorrer só de um lado do corpo
Visão embaçada ou prejudicada
Paralisia de parte do corpo
Tontura ou dor de cabeça com náusea e vômito
Dificuldade para falar Perda de consciência
Confusão mental
Pode ocorrer também um mini-derrame, um sinal de iminente derrame. Consiste dos mesmos sintomas de um derrame, mas eles são temporários, durando 15 minutos ou menos. Pode acontecer minutos ou meses antes de um derrame. Por isso deve ser tratado.
Como um derrame é tratado?
O melhor caminho é a prevenção. Caso ele já tenha ocorrido, o médico pode aplicar uma medicação intravenosa que desobstruirá a artéria, principalmente nas três primeiras horas depois do início do derrame. No caso do derrame hemorrágico, o caminho é controlar a pressão ou até mesmo realizar uma cirurgia.
O derrame pode ser evitado?
Cerca de 50% dos derrames podem ser evitados. Muitos fatores de risco podem ser controlados antes que causem problemas. São eles:
Pressão alta
Fibrilação arterial
Diabetes fora do controle
Colesterol alto
Fumo
Álcool (mais de uma dose por dia)
Estar acima do peso
Doenças do coração ou na carótida (artéria na cabeça)
Algumas pessoas podem precisar de procedimentos para remover placas das artérias ou alargá-las para melhorar o fluxo sanguíneo.
O que é um ataque do coração?
Acontece quando o fluxo de sangue no coração é interrompido. Sem sangue e oxigênio, parte do coração começa a morrer. Como ele não consegue bombear o sangue de forma adequada, o corpo acaba retendo líquidos e sódio. Os fluidos começam a se acumular nos braços, pernas, joelhos, pulmões e outros órgãos. O corpo fica congestionado. Nem sempre um ataque do coração é mortal. Um atendimento rápido pode restabelecer o fluxo sanguíneo. Os sintomas podem ser:
Falta de ar
Inchaço
Dificuldade para dormir deitado
Pulsação irregular
Náusea
Fadiga
Maior necessidade de urinas durante a noite
Durante um ataque do coração, os sintomas duram cerca de 30 minutos ou mais e não são aliviados com o repouso ou com medicação oral. Os sintomas iniciais podem começar com um leve desconforto que progride para dor. Algumas pessoas têm um ataque do coração sem ter nenhum sintoma. Pode acontecer com qualquer pessoa, mas é mais comum entre diabéticos. Se você estiver tendo um ataque do coração, não tarde em procurar socorro médico. O tratamento imediato é essencial para minimizar os danos.
O que é uma doença isquêmica do coração?
A hipertensão pode causar isquemia do coração. Isso significa que o coração não está obtendo sangue suficiente. Em geral, a isquemia é um resultado da arteriosclerose ou do endurecimento das artérias, o que impede o fluxo sanguíneo. Isso pode evoluir para um ataque do coração. Os sintomas são:
Dor no peito que irradia para braços, costas, pescoço e mandíbula
Dor no peito com náusea, inchaço, falta de ar e tontura. Ou só esses sintomas sem a dor no peito
Batimentos irregulares
Fadiga e fraqueza
O que é cardiomiopatia hipertrófica?
É uma condição na qual as paredes do coração ficam endurecidas. Isso pode fazer com que as válvulas não funcionem normalmente ou com que o sangue não saia do coração. Ocorre independentemente da pressão alta. Os sintomas são:
Dor no peito
Batimentos cardíacos irregulares ou rápidos
Falta de ar
Fadiga
Desmaio
Como as doenças hipertensivas do coração são diagnosticadas?
Seu médico vai procurar alguns sinais, como:
Pressão alta
Crescimento do coração ou batimentos cardíacos irregulares
Fluidos nos pulmões ou nas extremidades inferiores do corpo
Barulhos estranhos no coração
Eletrocardiograma, ecocardiograma, teste de esforço, raio-x do peito e outros exames também podem ser pedidos.
Como elas são tratadas?
Seu médico vai tratar a hipertensão, que é a causadora das demais doenças. Para isso, ele usará vasodilatadores e outros remédios, como diuréticos, inibidores da angiostesina, bloqueadores dos canais de cálcio, bloqueadores de beta e IECAs. Além disso, ele pedirá mudanças no seu estilo de vida, como:
Dieta: se um ataque do coração estiver em jogo, reduzir a quantidade de sódio ingerida para 2g ou menos por dia é recomendado. Além disso, ingira mais fibras e potássio, limitando a quantidade de calorias para perder peso. Restrinja o uso de açúcar refinado, gorduras saturadas e colesterol
Monitore seu peso: isso envolve aumentar seu nível de atividade (conforme recomendado pelo médico) e verificar o peso todo dia
Evite o tabaco e o álcool
Check-ups regulares
Em alguns casos, você pode precisar de uma cirurgia para corrigir uma doença do coração. Pode ser um marcapasso, uma válvula mitral reparadora, cirurgias vasculares e a implantação de um equipamento de assistência ao ventrículo esquerdo.
Pressão alta e doenças nos olhos
Além de causar problemas para o coração e para os rins, a hipertensão maltratada pode afetar sua visão e causar doenças oculares. A hipertensão pode danificar os vasos sanguíneos na retina, a área atrás do olho onde a imagem é formada. Essa doença é conhecida como retinopatia hipertensiva. O dano pode ser sério se não for tratado.
Quais são os sintomas?
Em geral, as pessoas não percebem os sintomas. A retinopatia acaba sendo diagnosticada em exames de rotina dos olhos. Alguns sintomas podem ser dor de cabeça e problemas para enxergar.
Como é diagnosticada?
Um oftalmologista pode diagnosticar a retinopatia por meio de um instrumento que projeta luz para examinar o fundo do seu olho. Alguns sinais da doença são:
Estreitamento dos vasos sanguíneos
Infiltração nos vasos sanguíneos
Manchas na retina
Inchaço da mácula e do nervo óptico
Sangramento no fundo dos olhos
Como evitar?
Mantenha sua pressão sob controle, com uma dieta adequada, exercícios e até remédios. Além disso, visite o médico regularmente.
Pressão alta e diabetes
A combinação de diabetes e pressão alta pode potencializar o risco de doença cardiovasculares. Por isso, quem tem diabetes e pressão alta deve cuidar tanto dos níveis de açúcar no sangue quanto da hipertensão. Alguns remédios para hipertensão pode ter um efeito negativo na taxa de glicose. Por esse motivo, muitas vezes os diuréticos são usados para tratar hipertensos diabéticos. Eles não influenciam os níveis de açúcar. Além disso, a combinação de pressão alta e diabetes é um importante fator de risco para o desenvolvimento e piora de várias complicações do diabetes, incluindo doenças nos olhos e nos rins. Isso afeta cerca de 60% das pessoas diabéticas.
Ter diabetes aumenta o seu risco de desenvolver pressão alta e outras doenças cardiovasculares porque o diabetes afeta de forma negativa suas artérias, tornando-as predispostas à arteriosclerose (endurecimento das artérias). A arteriosclerose pode causar pressão alta que, se não tratada, leva a estragos nos vasos sanguíneos, derrame, ataque do coração e insuficiência renal. Comparados a pessoas com uma pressão sanguínea normal, os hipertensos têm mais risco de:
Doenças coronarianas
Derrames
Doenças vasculares periféricas
Insuficiência cardíaca
Qual deve ser a pressão de quem tem diabetes?
Ela não deve ficar acima de 130/80. O primeiro número se refere à pressão sistólica ou a pressão que ocorre nas artérias quando o seu coração bate e enche as artérias de sangue. O segundo número está relacionado à pressão diastólica, ou seja, a pressão exercida nas artérias quando o seu coração está em repouso, no intervalo entre os batimentos. Ter uma pressão normal é tão importante para lidar com o diabetes quanto controlar os níveis de açúcar no sangue.
O que é diabetes?
É uma disfunção do metabolismo, ou seja, do jeito com o qual o organismo usa a digestão dos alimentos para crescer e produzir energia. A maioria das comidas que comemos é quebrada em partículas de glicose, um tipo de açúcar que fica no sangue. Esta substância é o principal combustível para o corpo. Depois da digestão, a glicose passa para a corrente sanguínea, onde é utilizada pelas células para crescer e produzir energia. No entanto, para que a glicose possa adentrar as células, ela precisa da ajuda de uma outra substância, a insulina. A insulina é um hormônio produzido no pâncreas, uma grande glândula localizada atrás do estômago.
Quando nos alimentamos, o pâncreas produz automaticamente a quantidade certa de insulina necessária para mover a glicose do sangue para as células do corpo. Nas pessoas com diabetes, porém, o pâncreas produz pouca insulina ou então as células não respondem da forma esperada à insulina produzida.
O que acontece?
A glicose do sangue vai direto para a urina sem que o corpo se aproveite dela. Ou então, fica no sangue, aumentando o que se chama de glicemia (concentração de glicose) e também não é aproveitada pelas células. Deste modo, o corpo perde sua principal fonte de combustível, pois há glicose no sangue, mas ela não jogada fora sem ser utilizada.
Quais são os testes capazes de diagnosticar o diabetes?
O teste para medir a quantidade de glicose no sangue é rápido e o preferido dos médicos para diagnosticar tanto o diabetes do tipo 1 quanto a do tipo 2. O ideal é realizar o teste logo pela manhã para que o resultado seja mais confiável. Ainda assim, o diagnóstico desta doença pode ser feito através de um destes três testes, com a confirmação positiva em um segundo teste feito em outro dia:
Por meio de um exame feito a qualquer hora o dia que confirme uma taxa de glicose superior a 200mg/dL junto com outros sintomas de diabetes
Taxa de glicose igual ou superior a 126mg/dL após oito horas de jejum também indica diabetes
Um teste oral ou por meio de uma amostra de sangue no qual a quantidade de glicose seja igual ou superior a 200 mg/dL também pode indicar que o paciente tem diabetes. O exame é realizado duas horas após o paciente ter bebido um líquido com 75 gramas de glicose dissolvido na água. Este teste, que pode ser feito em laboratório ou no consultório médico, mede o nível de glicose de tempos em tempos ao longo de um período de três horas.
Hipertensão e pré-eclampsia ou toxemia
Pré-eclampsia ou toxemia é uma doença que somente ocorre durante a gravidez, afetando de 5% a 10% das mulheres. Essa doença é caracterizada por inchaço, pressão alta e presença de proteína na urina. Ela pode aparecer de repente, no meio de uma atividade rotineira ou ir surgindo aos poucos, piorando. Não importa se ela seja fraca ou forte, a única cura para a pré-eclampsia é o parto. Há medicamentos que evitam que a doença se agrave, mas nenhum deles vai livrar a paciente da doença. Depois do parto, a doença vai embora e é improvável que você sofra conseqüências de longo prazo.
O que pode acontecer?
As mulheres que mais correm risco são aquelas que estão tendo seu primeiro bebê. Se não for a primeira gravidez, mas se o bebê tiver um pai diferente dos demais filhos, o risco também existe. Seu risco também aumenta se houver histórico familiar, se você for negra, estiver em dificuldades financeiras e tiver menos de 20 anos ou mais de 35 anos. Condições médicas também interferem: lupus, diabetes ou pressão alta. Ter gêmeos ou alguma anomalia também pode elevar o risco.
O que pode ocorrer comigo e com meu bebê?
A pré-eclampsia pode causar inchaço, pressão alta e a liberação de proteínas pela urina. A morte é muito rara. Algumas complicações da doença são: mau funcionamento dos rins e do fígado, edema pulmonar (líquido no pulmão) e epilepsia. Um abastecimento menor de sangue para o bebê pode diminuir a quantidade de nutrientes que ele vai receber, afetando seu crescimento e sua saúde.
Como ela ocorre?
Apesar de inúmeras pesquisas sobre o assunto, a causa da pré-eclampsia ainda permanece um mistério. Mas há estudos que indicam que ela pode ser uma resposta do corpo à chegada do bebê, como se a mãe estivesse alérgica ao filho. Sinais e sintomas Depois da vigésima semana de gravidez, seu médico se preocupará em acompanhar seu ganho de peso, sua pressão e sua urina. Inchaço nas mãos, nos pés e no rosto também são sinais de alerta, além de visão embaçada, azia e pouco crescimento do bebê.
Eu tenho pré-eclampsia, e agora?
Se você tem pré-eclampsia, pode precisar ser hospitalizada. Muitas vezes, assim que a pré-eclampsia é diagnosticada, é preciso realizar o parto. Em outros casos, basta a medicação e alguns cuidados.
Remédios
O sulfato de magnésio é um medicamento padrão usado para tratar mulheres que sofrem de pré-eclampsia. Ele é administrado direto nas veias. O sulfato de magnésio é um anticonvulsivo que evita a epilepsia. Essa substância traz alguns efeitos colaterais, como ruborização, suor, congestionamento nasal, muita sede, sonolência, confusão mental, reflexos prejudicados, fraqueza muscular, queda de pressão e baixa temperatura corpórea. O sulfato de magnésio pode continuar a ser administrado por até 48 horas depois do parto. Um remédio antialérgico e antiinflamatório também pode ser usado. Ele evita danos aos vasos sanguíneos e ao fígado. Para reduzir a pressão, outros medicamentos também podems er receitados
O parto
Não é porque você tem pré-eclampsia que automaticamente precisará de uma cesariana. Isto dependerá de uma avaliação médica.
Pressão alta e doenças nos rins
A hipertensão é a maior causa de doenças nos rins e de insuficiência renal. Pode danificar os vasos sanguíneos e os filtros dos rins, fazendo com que a remoção de resíduos do corpo se torne difícil.
Sintomas:
Hipertensão
Dificuldade para urinar ou redução da quantidade
Retenção de líquidos, principalmente nas pernas
Maior necessidade de urinar, especialmente à noite
Como as doenças nos rins são diagnosticadas?
Assim como acontece com a hipertensão, você pode não perceber que está com problemas nos rins. Alguns exames de laboratório podem indicar se seus rins estão eliminando os resíduos de forma adequada. São exames que medem o nível de creatinina e de uréia. O excesso de proteína também é um indicador.
Como ela pode ser evitada?
Para se prevenir:
Mantenha a pressão abaixo de 130/80 mm Hg
Meça sempre sua pressão
Alimente-se de forma adequada
Tome a medicação recomendada pelo médico
Como é o tratamento?
Para pacientes que têm hipertensão e doenças nos rins, o mais importante é controlar a pressão.
Síndrome metabólica
É um conjunto de distúrbios metabólicos que aparece em certos indivíduos e que pode levar a doenças cardiovasculares. As principais características da síndrome metabólica são: resistência à insulina, hipertensão, anormalidades no colesterol e o aumento do risco à formação de coágulos. Os pacientes, em geral, estão obesos ou acima do peso.
Como ela é definida?
Três dos seguintes sintomas devem estar presentes em um indivíduo para ele ter a síndrome metabólica:
1. Obesidade abdominal: uma cintura cuja circunferência esteja acima de 102 cm em homens e 88 cm em mulheres
2. Triglicerídeos de 150 mg/dL ou acima
3. Colesterol HDL de 40 mg/dL ou abaixo para homens e de 50 mg/dL ou abaixo para mulheres
4. Pressão sanguínea de 130/85 ou mais
5. Glicose em jejum de 110 mg/dL
Para a Organização Mundial da Saúde, os critérios são:
1. Elevado nível de insulina, uma alta taxa de glicose ou uma glicose elevado depois da refeição combinada com dois dos seguintes itens:
Obesidade abdominal conforme definido por uma relação entre cintura e quadril acima de 0,9 ou uma cintura acima de ou acima 93,98 cm
Triglicérides de pelo menos 150 mg/dL ou um colesterol HDL menor do que 35 mg/dL
Pressão sanguínea de 140/90 ou acima (ou em tratamento para pressão alta)
A síndrome metabólica é comum?
É uma doença bastante comum. Cerca de 20% a 30% da população em países industrializados tem síndrome metabólica.
Quais são as causas?
A genética e o estilo de vida têm um papel importante no desenvolvimento da síndrome metabólica. Os fatores genéticos influenciam cada um dos componentes da síndrome, além da própria síndrome em si. Por isso conta muito o histórico familiar. Já em relação ao estilo de vida, vão influenciar o baixo nível de atividade física, o sedentarismo e o ganho progressivo de peso. A síndrome metabólica está presente em cerca de 5% das pessoas com peso normal, 22% daquelas que têm sobrepeso e 60% das obesas. Adultos que continuam a ganhar mais de 2 kg por ano aumentam o risco de desenvolver a síndrome metabólica em 45%. Apesar de a obesidade ser o maior fator de risco, outros pontos de preocupação são:
Mulheres depois da menopausa
Fumar
Dieta rica em carboidrato
Falta de atividade
Por que é importante saber sobre a síndrome metabólica?
É importante se preocupar em relação à síndrome metabólica porque ela pode ser o caminho tanto para o diabetes quanto para doenças do coração, duas das mais comuns doenças crônicas dos dias de hoje. A síndrome metabólica aumenta o risco de diabetes do tipo 2 (o tipo mais comum de diabetes) de 9 a 30 vezes acima do resto da população. No caso de doenças do coração, o risco aumenta de 2-4 vezes.
Como a síndrome metabólica é tratada?
Mudanças no estilo de vida é o melhor tratamento para a síndrome metabólica. Isso inclui alterações na dieta e exercícios. Caso não seja suficiente, remédios podem ser considerados também para reduzir o colesterol e a pressão, além de um tratamento para o diabetes.
Hipertensão e disfunção erétil
A pressão alta é a principal causa de problemas de ereção. A hipertensão não deixa que as artérias que levam o sangue para o pênis dilatem do jeito que deveriam. Isso faz com o músculo do pênis perca a capacidade de relaxar. Como resultado, não haverá fluxo suficiente de sangue no pênis para ele ficar ereto. Homens com pressão alta também podem ter baixos níveis de testosterona, um hormônio masculino que tem um papel fundamental na excitação sexual.
Os próprios medicamentos para tratar a pressão alta podem levar à disfunção erétil. Diuréticos e bloqueadores de beta estão geralmente associados aos problemas de ereção. Mas, às vezes, as escolhas que alguns homens com pressão alta fazem podem agravar o problema. Fumar é uma delas porque eleva a pressão e danifica os vasos sanguíneos, o que reduz o fluxo sanguíneo pelo corpo. O poder de controlar a pressão e a saúde sexual está em suas mãos. Tendo um estilo de vida saudável e conversando com seu médico, há boas chances de você normalizar suas atividades sexuais.