O Dr. Marcelo Wulkan é médico desde 2002, cirurgião plástico e membro especialista e titular da Sociedade Brasilei...
iA cirurgia plástica está indicada quando existem alterações com perda de estética ou função da região acometida pelas queimaduras. Usualmente, isso ocorre em queimaduras de segundo grau profundo ou terceiro grau. O acometimento funcional pode estar prejudicado, por exemplo quando a queimadura ocorre em áreas de dobras no corpo (pescoço, cotovelos, axilas) e ocorrem aderências que dificultam a movimentação do local. A parte puramente estética pode variar muito, desde mudanças na cor da pele, até perda de partes moles/tecido.
O tratamento é feito na profundidade e extensão da queimadura. Os casos mais simples podem ser tratados apenas com troca de curativos e pomadas. Casos mais graves podem necessitar de cirurgias com enxertos (usa-se fatias finas de pele saudável do paciente que são transferidas para a área acometida) ou retalhos (transferência de pele e tecido irrigado por artérias para a área acometida). Existem dezenas de técnicas que devem ser particularizadas para cada caso de queimadura.
Queimaduras de segundo grau
No caso de queimaduras de segundo grau, deve-se sempre esperar uma melhora moderada, mas dificilmente haverá um resultado perfeito como se não tivesse ocorrido a queimadura. Sempre ficarão cicatrizes e poderão ter diferentes tons de cor e volume na área reparada por cirurgia. Mesmo assim, o tratamento deve ser encorajado e seu seguimento realizado com frequência pelo médico de escolha.
Queimaduras de terceiro grau
Nesses casos, a pele é mais prejudicada, por isso até os dias de hoje, ainda não temos um tratamento que não deixe vestígios de cirurgia para as queimaduras de terceiro grau. Trata-se de uma amenização para a sequela e não um tratamento perfeito.