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O diabetes tipo 2 é uma doença cada vez mais comum e que pode desencadear diversas outras complicações no organismo, como hipertensão, neuropatia diabética, retinopatia diabética, entre outras. Agora, os médicos podem adicionar mais um problema a esta lista: demências, como o Alzheimer.
Pelo menos foi o que demonstrou um estudo publicado na edição de julho da revista cientifica Neurology. Para essa pesquisa, os cientistas selecionaram 65 participantes, com uma média de 66 anos, sendo que metade deles tinha diagnóstico de diabetes tipo 2. Eles mediram, então, a perfusão cerebral e a reatividade dos vasos cerebrais (ou seja, sua capacidade de se contrair em resposta a estímulos) em um intervalo de dois anos.
Nesse período, os especialistas perceberam que os pacientes com diabetes tinham uma redução de 12% na reatividade dos vasos cerebrais e também um declínio em tarefas cognitivas múltiplas, em comparação aos outros participantes do estudo. Ou seja, o quadro de inflamação típico do diabetes tipo 2 danifica a irrigação sanguínea do cérebro, favorecendo o declínio da função executiva e a performance em atividades diárias de idosos com a doença.
Isso, segundo os dados do estudo, pode ser percebido mesmo em um intervalo de dois anos, que pode ser considerado curto. Por sorte, o diabetes tipo 2 é uma doença muito relacionado ao estilo de vida. Ter uma alimentação balanceada e praticar exercícios são apenas algumas formas de prevenir o problema, mesmo que você tenha histórico familiar. Outras formas de evitar a doença incluem:
- Controle do peso;
- Higiene do sono;
- Consultas periódicas ao médico;
- Realização de exames de rotina;
- Abandono de vícios, como tabagismo;
- Uso correto de medicamentos.