Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF//MG) em 2002. Residência Médica em Neurologia pela...
iComo qualquer órgão do corpo humano o sistema nervoso pode ser fonte de infecções de vírus ou bactérias. Normalmente, estes agentes infecciosos invadem o nosso cérebro por "portas de entrada" como nariz, olhos, ouvido e boca e se alojam nas meninges, uma membrana que envolve o cérebro. Daí o termo meningite.
A meningite viral usualmente não apresenta o mesmo risco que uma meningite bacteriana. O paciente com meningite por vírus tem, na verdade, uma infecção viral como outra qualquer que o nosso próprio organismo pode combater. O que fazemos é aliviar os sintomas como dor de cabeça, enjoo e vômito.
A meningite bacteriana, por sua vez, confere muito mais risco que a viral, uma vez que se não tratada leva a sequelas como surdez, comprometimento cognitivo, paralisias de nervos cranianos ou paralisias motoras. Pode também levar à morte, isto porque a bactéria acaba indo para o sangue e levando ao que chamamos de infecção sistêmica.
Felizmente, hoje contamos com antibióticos muito eficientes, bastando para isto que a suspeita de meningite seja feita o mais rapidamente possível, em especial, a meningite bacteriana. Neste aspecto, além da suspeita clínica, o exame de líquor (tirar o líquido da espinha para análise) torna-se fundamental.
Além dos antibióticos, quando tratamos o problema depois que ele aconteceu, temos também as vacinas, que ajudam a prevenir as meningites bacterianas.
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Vacinas
Existem vacinas para os três tipos mais comuns de bactérias que provocam meningites: Streptococus pneumonia (10 sorotipos), Neisseria meningitidis (do grupo C) e Haemophilus influenzae (tipo B). Estas vacinas devem ser aplicadas para crianças menores de dois anos.
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Embora as vacinas protejam contra grande parte das meningites bacterianas, podem existir sorotipos de bactérias não cobertos. Todas estas vacinas são à base de "partículas" destas bactérias que fazem o organismo criar anticorpos (defesa) para uma infecção futura. Logo, é importante ficar atento ao calendário vacinal, especialmente em crianças e pessoas com maior risco, como idosos.
Além disto, é muito importante diagnosticar rapidamente casos suspeitos de meningite e isolar estas pessoas das demais para evitar contaminação. No caso de suspeita da doença, procure orientação médica o quanto antes.
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