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Ir ao ginecologista pelo menos uma vez ao ano deve fazer parte da rotina de toda mulher a partir da sua primeira menstruação. É nessa fase, quando são ainda jovens, que muitas meninas acabam sofrendo algum tipo de abuso, sexual e/ou moral, no consultório ginecológico, de acordo com o levantamento feito pelo site Catraca Livre (confira a reportagem completa aqui).
Porém, é no consultório que um dos exames mais importantes para a saúde da mulher é realizado: o toque vaginal. Ele deve ser feito em pacientes que já tenham iniciado a sua vida sexual, podendo ajudar no diagnóstico de miomas, cistos, endometriose, alteração no volume dos ovários, infecções e forma irregular do útero, por exemplo.
"O exame é desconfortável, mas se surgir dor na realização, pode ser sinal de algum problema. A dor pode estar relacionada a alguma infecção ou irregularidade", conta a ginecologista Aparecida Monteiro. Ela explica que ele é um complemento importantíssimo do exame clínico ginecológico padrão, que envolve também a análise das mamas e do abdômen.
Posso substituir o exame de toque vaginal por outro?
A ginecologista e professora doutora na Unicamp Cristina Laguna conta que a paciente pode não querer fazer o exame de toque vaginal, mas ele não será substituído por outro menos desconfortável. "O ultrassom transvaginal seria a segunda opção, mas ele também exige a via vaginal para sua realização. Dessa forma, sempre oriento as mulheres a fazerem o exame no próprio consultório", diz ela.
Ei, você, não deixe de ir ao ginecologista, ok?
Apesar do desconforto do exame e do receio de ter uma experiência ruim no ginecologista, foque sempre em sua saúde e faça os seus exames regularmente. As especialistas são enfáticas sobre a necessidade de realizar todas as análises solicitadas. A melhor forma de tornar esse processo menos incômodo é investir em uma troca saudável com o médico, de acordo com Cristina.
Para estabelecer uma relação de confiança desse tipo, é preciso o envolvimento das duas partes. "O especialista deve sempre explicar muito bem tudo o que vai fazer e como fará. Já a mulher deve tirar todas as dúvidas que tiver e, caso não sinta segurança na primeira consulta, vale marcar uma segunda tentativa para desenvolver a proximidade necessária", afirma Cristina. Se nada der certo, tente um novo médico, mas não deixe cuidar da sua saúde.