Geralmente, o dia-a-dia acaba não comportando visitas regulares aos consultórios médicos. Em se tratando da ala masculin...
iA dor causada pelo cálculo renal quando em vias de eliminação é muito forte, aguda. É uma dor lombar alta, unilateral, pois raramente se manifesta nos dois lados das costas. Diferente da dor crônica, esta irradia-se pelo flanco (região lateral do abdômen), pela pelve e pode se refletir nos genitais, à medida em que o cálculo progride pelas vias urinárias.
Além da dor intolerável, que faz até com que alguns pacientes desfaleçam, este quadro está relacionado também a outros sintomas, tais como: vômitos, febre, dor para urinar, sangue na urina, mas o sintoma clássico é mesmo dor aguda, forte e intensa que muitas mulheres comparam à dor de parto. Na verdade, entre as dores que podem ocorrer nas costas e no abdômen, talvez esta seja mesmo a de maior intensidade. Diagnosticando Para ter a certeza de que se trata de um caso de cálculo renal, o urologista se baseia na cólica renal clássica apresentada nos momentos de crise. Entretanto, alguns pacientes têm cálculo renal sem dor ou com dor leve lombar, o que é muito perigoso. Há casos em que a pedra migrou para o ureter, provocou um pouco de dor, que
desapareceu depois de algum tempo, apesar de ela não ter sido eliminada. Isso pode causar a obstrução das vias urinárias, colocando em risco o rim do paciente.
O exame de urina, um ultrassom das vias urinárias ou, em casos especiais, uma tomografia helicoidal multi-slice são vitais para o diagnóstico preciso da doença. O especialista ressalta que cálculos pequenos, de até 5 mm, têm 75% de chance de serem eliminados em até 10 dias após o aparecimento dos sintomas, mas o correto diagnóstico é muito importante para diferenciar este quadro de: apendicite, inflamação ou perfuração intestinal, inflamação e infecção ginecológica dos anexos, dentre tantas outras possibilidades.
O papel da dieta
O cálculo renal pode ter origem hereditária em cerca de 40% dos pacientes. Os 60% restantes podem apresentar algum distúrbio metabólico que faz com que os cristais, normalmente eliminados pela urina, se precipitem e formem a pedra. São dez os erros metabólicos conhecidos, sendo que a hiper-absorção de cálcio pelo intestino, é apenas um deles, passível de correção com uma dieta rica em cálcio. Nas outras nove possibilidades, além de mudanças na dieta alimentar, é necessário correção com medicação ou suplementação mineral.
Alguns cálculos são decorrentes do excesso de ácido úrico ou oxalato de cálcio na urina, de infecções urinárias de repetição, de falta de citrato ou de uma doença chamada cistinúria. Em mais de 50% dos casos, seja em homens, seja em mulheres, eles são formadas por oxalato de cálcio. Feito o diagnóstico, recomenda-se uma avaliação metabólica porque a abordagem terapêutica e o prognóstico podem ser diferentes de acordo com o tipo de cálculo.
Para saber o tipo de cálculo, é necessário fazer a análise laboratorial da pedra expelida pelo organismo. Como nem sempre isso é possível, pode-se recorrer a exames de urina e sangue para estabelecer as dosagens de oxalato ou fosfato, do cálcio sérico e urinário, do ácido úrico, da cistina ou do citrato presentes no organismo.
Cada tipo de cálculo demanda uma abordagem específica de tratamento. Para evitar a formação de novos cálculos pode-se recorrer a tratamentos não farmacológicos e a tratamentos farmacológicos. Se o paciente apresenta algum distúrbio metabólico intestinal, interferir na dieta, por exemplo, pode ser a melhor solução.
Alguns fatores dietéticos estão relacionados com a maior produção de cálculos renais, explica o médico. Reduzir a ingestão de sal tem efeito benéfico sobre a formação de cálculos. A mesma coisa acontece com as proteínas. Dietas hiper-protéicas favorecem o aparecimento de pedras nos rins se o erro metabólico apontar para esta causa. A ingestão de líquidos também deve ser maior, de dois a três litros por dia, o necessário para urinar pelo menos dois litros por dia.
O ideal é que essa ingestão de líquidos seja homogênea durante as 24 horas. O médico também alerta para o fato de que os refrigerantes ricos em fosfato e o suco de tomate, se tomados todos os dias, em pacientes propensos favorecem a formação de cálculos renais. Em relação aos
medicamentos, ele faz uma ressalva em relação à vitamina C.
A vitamina C que muitas pessoas tomam regularmente porque acham que é bom para a saúde, em altas doses, estimula a excreção de oxalato que pode provocar aumento na freqüência dos cálculos. Por isso, a automedicação com vitamina C, em grandes doses e por longo período de tempo, deve ser evitada.
Para tratar
Cálculos renais provocam dor tão intensa que o paciente, muitas vezes, precisa de internação hospitalar imediata, e, algumas vezes, tem que ser submetido a um procedimento cirúrgico. O grande perigo está na obstrução assintomática que leva à perda da função renal, nas infecções urinárias de repetição e no cálculo constituído por fosfato, amônia e magnésio, de grandes dimensões, chamados coraliformes, que comprometem todo o interior do rim.
No momento da dor, o mais importante é a analgesia. O paciente pode tomar os remédios em casa, mas se a dor aumentar deve ir para o pronto-socorro e, conforme o caso, ser internado. Os primeiros medicamentos indicados são os analgésicos, os antiespasmódicos e os antiinflamatórios. Muitas vezes, eles não bastam para controlar a dor e o paciente eliminar o cálculo. Como podem ocorrer vômitos quando ela é muito forte, é preciso prescrever medicação injetável. Dor persistente, porém, exige a aplicação de derivados da morfina e internação hospitalar por um período de tempo variável.
Os cálculos pequenos, de no máximo 5 mm, passam na maior parte das vezes, pela via urinária sem maiores problemas. O paciente é mantido sob analgesia até eliminá-los e depois tratado eletivamente. Cálculos maiores podem ficar retidos no ureter. Nestes casos, a dor é mais intensa e prolongada e o caso demanda outro tipo de intervenção para que sejam retirados, como a litotripsia extracorpórea por ondas de choque, que consiste em um bombardeio direcionado para o local onde está o cálculo. Estas ondas quebram, explodem a pedra e os fragmentos são eliminados com mais facilidade pela urina.
Quando a litotripsia extracorpórea não resolve ou não está indicada, o procedimento endoscópico é o passo seguinte. Sem cortes e sob anestesia, um aparelho ótico fino é conduzido até o local onde se encontra o cálculo e tentamos puxá-lo por meio de pinças apropriadas ou fragmentá-lo com raios laser ou outra forma de desintegração mecânica, levadas até o cálculo.
Às vezes, é necessário um pequeno procedimento cirúrgico percutâneo para alcançar o cálculo e retirá-lo. Em geral, o pós operatório é tranqüilo, com baixos índices de complicações e com retorno precoce às atividades diárias do paciente.
Você costuma ingerir alimentos pensando nos benefícios que eles proporcionam?
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