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A vacina da Febre Amarela é a forma eficaz de prevenção contra a doença. Em um momento de surto como o atual, é importante que quem está se preparando para viajar se lembre de tomar a vacina no mínimo 10 dias antes de partir.
Os locais considerados área de risco para o surto de febre amarela são:
- Leste de Minas Gerais
- Oeste do Espírito Santo
- Oeste da Bahia
- Noroeste do Rio de Janeiro, que está localizado na divisa com áreas que tem registros de casos.
Além disso, quem for viajar para o exterior também precisa se vacinar. Isso porque alguns países costumam solicitar o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), como forma de comprovar a vacinação do viajante.
Alguns dos países que requerem o CIVP de estrangeiros são:
- África do Sul
- Austrália
- Bolívia
- China
- Cingapura
- Costa Rica
- El Salvador
- Equador
- Jamaica
- Paraguai.
A lista completa de países que necessitam da vacina contra a febre amarela pode ser consultada no site da Organização Mundial de Saúde
Para obter o certificado, é necessário, primeiramente, tomar a vacina e em seguida preencher um formulário no site da Anvisa para dar entrada na documentação.
Portanto, se você for fazer uma viagem nacional ou internacional nos próximos dias, é imprescindível que inclua a vacina da febre amarela na sua lista de viagem.
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Onde encontrar a vacina da febre amarela
A imunização pode ser encontrada em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos municípios, hospitais municipais, Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) e alguns aeroportos. Um bom jeito de achar qual é o posto de vacinação mais perto de você é entrar entrar no site da secretaria de saúde da sua cidade.
Como a vacina da febre amarela age
A vacina da febre amarela é feita a partir do vírus atenuado (cepa 17D) e é aplicada via subcutânea, na região do braço. A imunização age estimulando o organismo a produzir sua própria proteção contra o vírus.
Quem precisa tomar a vacina contra a febre amarela
O esquema vacinal da febre amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto para crianças.
- Crianças: precisam receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos de idade. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Em situações de surto, a vacina pode ser aplicada a partir dos seis meses de idade
- Adultos: para quem não tomou ou não se lembra de ter tomado a vacina, a orientação é aplicar uma dose da vacina e outra de reforço, dez anos depois da primeira.
Vale lembrar que essas recomendações servem apenas para pessoas que vivem ou vão viajar para área de risco. Logo, quem não está nas áreas de risco ou não vai viajar para essas localidades não tem necessidade de tomar a vacina neste momento.
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Quem não deve tomar a vacina contra a febre amarela
Gestante, mulheres que estão amamentando crianças até seis meses de idades e idosos com mais de 60 anos não devem tomar a vacina da febre amarela. Se você tem alguma doença crônica ou realiza um tratamento oncológico também não é indicado que você tome a vacina, pois o antídoto pode trazer complicações para o seu organismo.
Na impossibilidade de adiar a vacinação, como em situações de emergências epidemiológicas, vigência de surtos, epidemias ou viagens para áreas de risco de contrair a doença, o ideal é que você converse com o seu médico para que ele possa avaliar o benefício e risco da vacinação.
Quais são os documentos necessários para tomar a vacina da febre amarela
Se você já sabe o local onde tomar a vacina contra a febre amarela, é importante que você apresente um documento com foto e a carteira de vacinação.
Quem perdeu a carteira de vacinação pode procurar o serviço de saúde que costuma frequentar e tentar resgatar o histórico. Caso isso não seja possível, o ideal é iniciar o esquema normalmente. Sendo assim, pessoas a partir dos cinco anos de idade que nunca foram vacinadas, ou sem comprovante de vacinação, precisam tomar a primeira dose da vacina.
Fontes consultadas
- Epidemiologista Helena Brígido, especialista em arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia
- Infectologista Lessandra Michelim, coordenadora do comitê de imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia
- Infectologista Paulo Olzon, da Unifesp