Médico urologista e doutor em Ciências Médicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), também é membro da...
iConteúdo atualizado em 13/01/2021
Como aumentar o pênis? Tamanho é documento? Fumar altera a ereção? É possível treinar o controle da ejaculação? Todas essas dúvidas e muitas outras pairam o imaginário de homens (e mulheres também) sobre o pênis. Para isso, veja 13 fatos sobre o pênis que você não sabia.
1. Pênis cresce até os 21 anos de idade
É comum ouvir perguntas ou mesmo se deparar com pesquisas relacionadas a formas de aumentar o tamanho do pênis. Entretanto, na maioria das vezes, o pênis atinge seu comprimento máximo aos 18 anos de idade. Após este período, o homem pode perceber um engrossamento do membro até os 21 anos.
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2. Ter pênis grande é relativo
Sabendo da informação anterior, vale mencionar a discussão sobre o tamanho do pênis. Na maioria das vezes, homens que acreditam ter um "pênis pequeno" sofrem de uma distorção de autoimagem masculina, denominada dismorfobia. Ou seja, o indivíduo tem um membro de tamanho normal, mas o considera abaixo da média.
O órgão genital só é considerado "micropênis" quando tem menos de 4 cm flácido, e tamanho inferior a 7 centímetros quando ereto, o que é bastante raro.
3. Fumar reduz a qualidade da ereção
O tabagismo causa várias doenças, inclusive o câncer. Para que o pênis fique ereto é necessário um conjunto de ações envolvendo cérebro, nervos, circulação, hormônios, músculos e o próprio tecido erétil. Estudos mostram que o fumante tem prejuízo em todos esses participantes.
Além disso, quando se compara homens de mesma idade e com as mesmas comorbidades, aqueles que fumam têm maior chance de sofrer com disfunção erétil.
4. Doenças da próstata podem estar relacionadas a falhas na ereção
A próstata é uma glândula que fica logo na frente da bexiga e sua principal função é produzir parte do sêmen. Quando o homem envelhece, a próstata vai se modificando.
Algumas doenças como a hiperplasia benigna da próstata (HPB) e as prostatites podem dificultar o esvaziamento da bexiga e causar sintomas que interferem na qualidade da ereção. O tadalafila, conhecido medicamento para impotência sexual, também pode ser utilizado para tratar a HPB.
5. A disfunção erétil pode ser um sinal de doença cardíaca futura
A ereção do pênis depende de uma boa circulação do sangue. Quando ocorrem falhas constantes e a causa é relacionada à aterosclerose (entupimento dos vasos sanguíneos), pode ser que o problema não esteja restrito à circulação peniana.
Podem haver placas de gordura (ateromas) em outras artérias, inclusive naquelas que nutrem o coração, as coronárias. Estudos mostram que homens que sofreram infarto agudo já conviviam com a disfunção erétil cerca de três anos antes.
6. Apesar de não ser feito com osso, o pênis pode fraturar
A fratura do pênis pode ocorrer e constitui uma urgência médica. Quando o pênis está rígido, duro, não é possível dobrá-lo. A fratura do pênis ocorre exatamente quando um trauma significativo provoca a ruptura da camada que reveste os corpos cavernosos.
O mecanismo mais comum é a relação sexual onde a parceira fica por cima do parceiro, sentada sobre o pênis ereto. Durante a movimentação, o membro se desloca e o corpo da parceira força o pênis que dobra subitamente. Classicamente ocorre um estalo, a ereção cessa imediatamente e se forma um grande hematoma no órgão. O pênis fica como uma berinjela!
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7. Manter o pênis flácido dá trabalho
Isso mesmo! Para que circule no pênis apenas a quantidade de sangue necessária para nutrir as células, o cérebro constantemente manda ordem para que os músculos que envolvem as artérias e a parede dos corpos cavernosos fiquem contraídos, limitando o fluxo de sangue.
Por outro lado, quando ocorre excitação sexual, o cérebro entende que deve preparar o membro para uma relação e a ordem passa a ser de relaxamento dos músculos e consequente dilatação dos vasos e espaços no interior dos corpos cavernosos. O fluxo de sangue aumenta muito e ocorre a ereção.
8. O controle da ejaculação depende de treinamento
O comando da ejaculação ocorre no cérebro. Alguns setores do cérebro concentram células especializadas que são estimuladas durante a excitação e, quando um determinado limiar é alcançado, acontece o fenômeno da ejaculação. Ejacular significa emitir o sêmen.
Normalmente a ejaculação acontece junto com o orgasmo, que é a sensação de prazer associada ao clímax da atividade sexual. Fisiologicamente, a ejaculação seria um reflexo, ou seja, algo involuntário (sem controle).
Por isso, no início da vida sexual, ela tradicionalmente acontece com rapidez. Com o amadurecimento sexual, o homem vai aprendendo (treinando) a prolongar o prazer e a exercer certo controle sobre o momento de ejacular.
9. O pênis pode entortar como um cabo de guarda-chuva
A doença de Peyronie tem o nome de um médico francês que descreveu, há mais de 200 anos, um tipo de fibrose que ocorre no corpo do pênis e provoca diferentes deformidades durante a ereção. Ainda nos dias de hoje existem muitas dúvidas sobre as causas dessa fibrose.
Acredita-se que pequenos traumas provocariam ferimentos na camada de revestimento dos corpos cavernosos e haveria uma cicatrização exagerada que acabaria por produzir um tecido fibrótico que limitaria a elasticidade de um dos cilindros e causaria a tortuosidade.
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10. Ejacular para trás? Sim, pode acontecer
O sêmen é lançado em jatos para frente durante a ejaculação graças a um comando do cérebro que contrai e fecha a próstata, ao mesmo tempo em que bombeia a uretra posterior através da contração rítmica dos músculos que a envolvem (bulboesponjosos). Portanto, é como se a próstata fosse a culatra do canhão.
Para o "tiro" ir para frente, a próstata precisa fechar a entrada da bexiga. Quando ela não se fecha totalmente, o sêmen vai para trás, ou seja, para dentro da bexiga.
A chamada ejaculação retrógrada acontece mais comumente em indivíduos com diabetes mellitus, doenças neurológicas, após algumas cirurgias para próstata ou com o uso de medicamentos para tratar a hiperplasia prostática benigna (como a tansulozina e a doxasozina). Todas as situações descritas ocasionam falhas no fechamento da próstata na hora da ejaculação.
11. A testosterona tem menos relação com a ereção do que se imagina
O principal hormônio masculino, a testosterona, participa de muitas funções no organismo. Mas, diferentemente da crença popular, a testosterona não é um dos principais hormônios que participam da ereção do pênis. Outras substâncias têm participação maior.
A história comprova isso nos relatos de casos onde os eunucos (homens castrados, sem testículos) conseguiam manter ereções e atividade sexual dentro do harem. Por outro lado, os níveis de testosterona se relacionam de forma mais significativa com a libido, com o desejo sexual.
Além disso, a testosterona tem papel fundamental durante a puberdade, no desenvolvimento das características sexuais masculinas, como voz grossa, distribuição dos pelos, crescimento do pênis, entre outros.
12. Dormir mal prejudica o desempenho sexual
A qualidade do sono interfere em vários sistemas do nosso organismo. Quem dorme mal tem mais dificuldade de restaurar suas energias para o dia seguinte.
Estudos mais recentes demonstraram que quem tem apneia do sono, uma das disfunções mais comuns entre homens que roncam e que apresentam sonolência diurna, tem prejuízo no desempenho sexual.
Quando a apneia obstrutiva é classificada como severa, acontece mais frequentemente disfunção erétil e inclusive falha na ação de medicamentos para ereção.
Por outro lado, homens com impotência sexual e apneia do sono que não respondiam a sildenafila, passaram a ter boas ereções com o medicamento quando usaram o CPAP, dispositivo que trata a apneia obstrutiva.
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13. Prepúcio (pele que reveste a glande) precisa de elasticidade
A pele que reveste a cabeça do pênis é chamada de prepúcio e precisa ter elasticidade. Isso pelo papel de seu movimento em estímulos excitatórios e para questões de higiene. Quando o prepúcio não permite movimento o suficiente para expor a glande, costuma-se nomear a condição de fimose. Em homens adultos, essa condição pode causar feridas crônicas, problemas com odor forte, verrugas genitais e até retardamento do diagnóstico de câncer de pênis.
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