Psicóloga formada em 1998 pela Faculdade de Ciências e Letras, com validação e equivalência de diploma pela Universidade...
iQuem sente medo tem uma sensação de preocupação eminente. A pessoa que sofre com o medo tem a impressão que algo ruim vai acontecer e que algo (alguém, um lugar ou situação) pode afetá-la, feri-la ou fazer um estrago.
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Sintomas mentais de quem sofre com o medo:
- pensamento acelerado
- sensação de desespero
- ansiedade sem controle
- agitação mental
- falta de foco
- pensamento ruim
- sinal de alerta interno pedido urgência na ação de proteção.
Os sintomas, muitas vezes, expandem o emocional e são sentidos pelo corpo, tais como:
- pupila dilatada
- coração acelerado
- respiração ofegante
- tremor nas mãos
- suor
Justamente por esses sintomas acima serem desconfortáveis e dificultarem foco para seguir normalmente outras áreas da vida, a primeira reação, a mais clássica, é fugir. Estar longe do objeto fóbico é o ato mais comum de proteção. Se afastar, evitar aquilo que nos causa sofrimento é um modo de auto-preservação. Com esse tipo de escolha, algumas pessoas limitam a vida, evitam situação importantes.
Há quem deixe de fazer uma viagem de trabalho, outro que deixe de ir a uma reunião num prédio justamente pela razão de não entrar em elevador. Atendi pacientes que não conseguiam dirigir seus carros e passam a viver de modo dependente de outros para ir e vir. Existem muitas histórias de falta de autonomia, sem liberdade de escolha que marcam a vida de quem sofre com o medo maior.
Mas além dos prejuízos já muito bem entendidos e causados pelo medo, será que há mais a se entender? O que se pode compreender de positivo nesse tema? Muito bem, posso afirmar com toda certeza que nem sempre o medo é ruim.
Nem sempre o medo é ruim
Vou explicar ainda melhor: não são todos os medos positivos, mas nem todos os medos são absolutamente negativos. Ou seja, é importante a avaliação individual da situação, dos sintomas, das escolhas para lidar com o problema.
E como, afinal, identificar quais medos são bons e quais nos fazem mal? A primeira coisa a se fazer é avaliar a realidade do problema e consequências. Sentir medo que nos impede de viver a vida de forma plena não é bom. Quem deixa de ir em compromisso profissionais, sociais e familiares não está sentindo-se bem o suficiente.
Já o medo que nos protege não nos impede de viver o momento. O medo pode surgir como um alerta. Um sinal de atenção. E que pode nos proteger dos reais perigos existentes. Vou dar um exemplo. Se alguém que não sabe nadar sente receio de entrar sozinho numa piscina funda esse sentimento é adequado. Mas se a mesma pessoa que não sabe nadar sente medo de entrar na piscina na aula de natação, com toda segurança e orientação profissional ao seu dispor, isso é entendido com um medo problema, pois limita, inclusive aprender a superar e se libertar disso.
O tratamento indicado para a cura do medo é psicoterapia e, também, quando indicado um tratamento psiquiátrico com medicação. Existem técnicas de cura para quem sente medo. A libertação pode acontecer quando há uma:
- superação de um trauma
- a compreensão e elaboração de um sentimento que ficou "encasulado"
- quando surgem "emoções caronas" que são de outra esfera da vida, mas ficam marcadas e vem à toda fora de hora
- aprendizado de como gerenciar a mente e corpo em momentos de estresse
- consciência do real externo e do sentimento projetado do real interno.
Técnicas como terapia breve, cognitiva comportamental, novo código da Programação Neurolinguística, Dessensibilização e Reprocessamento por Movimentos Oculares (EMDR) e Hipnose Ericksoniana são muito úteis no processo de crescimento pessoal e direcionados com total foco no caminho de cura.
Viver sem medo é libertador. A uma vida que lhe aguarda após a superação do medo! Siga em frente no caminho da superação.