Graduada em medicina em 2007, Neurologista pela casa de Saúde Santa Marcelina em SP, pós graduanda do setor de cefaleias...
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A enxaqueca pode começar em qualquer idade, contudo as crianças têm bastante dificuldade de caracterizar a dor, por isso é realmente difícil diagnosticar a enxaqueca pela história clínica.
Por esse motivo, uma boa dica é entender o histórico familiar de enxaqueca. Se uma criança tiver um dos pais que sofre de enxaqueca, ela terá 50% de chance de ter, e se ambos forem portadores 75%.
Outras grandes dicas além da história familiar, seriam a indisposição para brincar e realizar atividades rotineiras, já que a dor é de intensidade moderada a grave, presença de vômitos e preferência por ambientes quietos e escuros.
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Além disso, crianças com quadro de tontura e intolerância a movimentos, associada ou não a náuseas e dor abdominal sem motivo aparente podem serem portadores de enxaqueca.
Cuidados com a enxaqueca na infância
Recomenda-se procurar um médico quando o paciente sofre com mais de 3 dias de dor ao mês, uma vez que há tendência em piora da frequência das dores de cabeça. As dores crônicas se associam com piora na concentração e memória e dificuldade de aprendizado na escola.
Outro ponto importante é ficar atendo ao aumento da frequência das dores, aquelas que não melhoram com analgésicos de uso domiciliar, dores que acordam as crianças de madrugada, ou que estão tendo aumento da sua intensidade no decorrer do tempo.
Quadros de dor de cabeça agudos, associados a febre e prostração podem indicar processo infeccioso como meningite, que devem prontamente ser tratados.
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Complicações da enxaqueca na infância
As principais complicações que a enxaqueca pode trazer para as crianças são:
- Dificuldade de aprendizado na escola
- Tendência a doenças psiquiátricas como a depressão e transtornos de ansiedade
- Limitação da sua rotina de vida diária
- Insônia.
Tratamento
Caso seu filho (a) reclame com frequência de dores na cabeça ou apresente os sintomas apresentados acima, procure um neurologista especialista em dor. Ele será capaz de examinar e excluir causas secundárias de dor de cabeça, além de investigar alimentos precipitantes, e deficiências alimentares que podem piorar as enxaquecas.
Após o primeiro diagnóstico, o médico poderá instituir dois tipos de tratamentos: o de fase aguda, para controle da dor, e o tratamento preventivo, a fim de evitar a dor.
