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Essa é a história de uma maratonista que sofreu (de uma forma boa) muito mais do que imaginava durante 20 minutos de treino funcional. Tudo começou quando fizemos uma enquete no nosso Instagram (@minhavidaoficial - segue a gente por lá!) perguntando quais modalidades nossos seguidores tinham vontade de conhecer. As mais votadas foram: Treinamento funcional, Natação e Corrida.
Pois bem, lá fui eu fazer uma aula de funcional para trazer este relato para você, caro leitor. A aula escolhida foi a CIATODODIA funcional, da Cia Athletica, que funciona por meio de um sistema virtual de treinamento que fica dentro da sala de musculação da academia. Assim, o treino é apresentado em um painel de TV e a execução da sequência de movimentos é feita com acompanhamento profissional presencial.
O treino é montado em um sistema de dois circuitos diferentes, com duração de 10 minutos cada e estímulos variados que envolvem exercícios funcionais e cardiovasculares. A recomendação é que se faça o máximo de repetições que conseguir dentro desses 10 minutos e que o tempo total do treino dure 30 minutos - o resultado é uma queima de até 480 calorias - e o mais legal é que o treino é renovado todos os dias.
Minha experiência
Como contei, sou maratonista, por isso faço musculação para fortalecimento. Não tenho grandes experiências com treino funcional, mas preciso confessar uma coisa: achei que sofreria um pouco menos, afinal, tenho um condicionamento razoável. Pois nunca estive tão enganada. Foi um dos treinos mais intensos que já fiz nessa curta vida fitness.
Quem me orientou foi o professor Carlos Henrique Martins, que me explicou que, de fato, é normal ter essa sensação nas primeiras aulas, por mais que já se faça algum outro tipo de atividade física. Cada modalidade traz um tipo de estímulo diferente e, no caso do funcional, a palavra-chave é intensidade.
Sequência do treino
Para começar, ele me passou cinco minutos de aquecimento na bicicleta. Nessa hora, Carlos entregou uma dica boa: pedalar com a bicicleta "leve" demais, sem aumentar um pouco a carga, pode ser algo ruim para as articulações, que acabam ficando mais soltas no movimento. Ao adicionar um pouco de carga, você não corre o risco de ter algum desconforto. Mas claro, faça isso aos poucos e de preferência com ajuda de um especialista. Depois disso, comecei a fazer os exercícios do treino propriamente dito. A primeira sequência era:
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- Agachamento com desenvolvimento de ombro unilateral (6 repetições)
- Agachamento com remada alta (6 repetições)
- Mountain climber (12 repetições)
- 200 metros na esteira/bike/transport
Fiz essa sequência duas vezes, pois foi o quanto consegui dentro do intervalo de 10 minutos. A ideia é fazer bem rápido, sem pausas (só para a água, mas sem demorar), para conseguir repetir tudo o máximo que aguentar. Feito isso, emendei logo na sequência a segunda parte do treino, que consistia em:
- Burpee (6 repetições)
- Corrida estacionária (12 repetições)
- Abdominal "pula, senta, deita e levanta" - é isso mesmo (8 repetições)
- 200 metros na esteira/bike/transport
Novamente, fiz essa sequência duas vezes dentro de 10 minutos. A diferença é que desta vez eu já estava extremamente cansada. A sensação era de que eu estava treinando há muito mais tempo do que apenas alguns minutos. Senti a frequência cardíaca se elevar, a respiração ficou mais intensa e o professor foi explicando que tudo isso é normal. São esses picos que fazem com o que o corpo queime mais calorias horas após o treino, seguindo o mesmo princípio do treino HIIT.
Entre os exercícios, o burpee foi o mais difícil, porque ele tem uma espécie de flexão de braço no movimento, que é algo bem difícil para mim. Mas, com a orientação do professor e dentro dos meus limites, consegui concluir o treino por completo. No dia seguinte, o corpo ficou lembrando um pouco de como tinha sido o treino por causa daquelas dorzinhas que surgem enquanto não estamos acostumados com o novo estímulo. Algo totalmente suportável e que não trouxe motivos para preocupação!
Posso dizer que foi uma experiência muito legal e que vale você matar a curiosidade e conhecer. Pesquise em alguma academia perto da sua casa ou do seu trabalho que tenha essa modalidade! O melhor é que você não precisa de muito tempo para ter um treino de qualidade, para fortalecer os músculos e realizar um bom trabalho cardiovascular. Se quiser entender ainda mais sobre o treino funcional, clique aqui.