Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iA escolha de uma cinta pós-parto não pode ser aleatória. Aliás, é fundamental decidir isso em conjunto com o obstetra. Alguns liberam, mas com ressalvas. Outros optam até por desestimular a utilização da cinta. Os especialistas explicam que, com o uso da cinta sustentando o abdômen, a musculatura fica sem trabalhar, sem esforço ou contração como tossir, espirrar, segurar o bebê, levantar, andar ou evacuar.
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"E o abdômen fica ainda mais flácido porque ficou imobilizado por um tempo", diz Patrícia Toniolo Varella Costa, ginecologista e obstetra pela Universidade Federal de São Paulo (USP).
Para o ginecologista Mauricio Abrão, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a recomendação pode ser específica para mulheres que foram submetidas ao parto cesárea. "Ainda assim nos primeiros sete dias, em momentos que a paciente vai fazer alguma movimentação maior como se locomover até o consultório", comenta.
Já o ginecologista e obstetra Alberto Guimarães, mestre pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), alerta que é essencial evitar modelos muito apertados com uso contínuo. Por isso, o modelo e tipo de material também devem bem avaliados.
Para facilitar, apresentamos alguns prós e contras para o uso da cinta pós-parto, indicados pelos próprios especialistas.
PRÓS: Pode trazer mais conforto à paciente
Esse é o fator por que muitas mulheres optam pela cinta e ela está liberada nos primeiros dias pós-parto. Apenas evite usá-la rotineiramente e aposte em um modelo que seja fácil de colocar e retirar.
PRÓS: Indicada para movimentações maiores
Para garantir mais segurança à mulher, pode ser usada em situações que exigem uma movimentação maior, ou seja, períodos em que ela irá se locomover por mais tempo.
PRÓS: Modelos que envolvam toda a região
Ao escolher o modelo, opte por aquele tipo bermuda que envolve o abdômen e o culote. Ele garante maior sustentação e não aperta a barriga. Outra dica é apostar em modelos de elastano que são mais ajustáveis e causam conforto, sem apertar demais.
CONTRA: Há modelos que comprimem demais
O uso da cinta apertada não ajuda a reposicionar a musculatura, por isso outras opções podem substituir a cinta como: calcinhas maiores e mais firmes no abdome, sutiã de sustentação para amamentação e, se o útero distendeu demais, uma faixa de neoprene com velcro ajustável pode ajudar mais na recuperação.
CONTRA: Pode piorar a flacidez abdominal
A musculatura fica em repouso e atrofia, e o desejo de usar a cinta para a barriga ficar firme acaba sendo frustrado. Ela pode aumentar a flacidez abdominal, pois provoca retardo na recuperação da musculatura abdominal.
CONTRA: Não ajuda na recuperação pós-parto
Os artigos científicos mostram que o uso de cinta pós-parto não ajuda fisiologicamente. Portanto, use apenas se for para se sentir mais confortável e segura em algumas situações, sem imaginar que a cinta fará "milagres" na recuperação do abdômen. Além disso, ela também não influencia na recuperação pós-parto.
CONTRA: Não ajuda na recuperação pós-parto
Os artigos científicos mostram que o uso de cinta pós-parto não ajuda fisiologicamente. Portanto, use apenas se for para se sentir mais confortável e segura em algumas situações, sem imaginar que a cinta fará "milagres" na recuperação do abdômen. Além disso, ela também não influencia na recuperação pós-parto.