Médico cirurgião plástico formado pela conceituada escola da UFRJ, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plást...
iO tamanho das abas ou asas nasais, caracterizado por narinas abertas ao esboçar um sorriso pode incomodar muito, mesmo que o tipo de nariz apresente harmonia e simetria com os demais traços do rosto.
O incômodo estético pode levar a insegurança na vida pessoal, social e até profissional. O nariz é um órgão central e deve proporcionar equilíbrio entre as partes do rosto. A mudança pode ser feita por meio da alectomia, cirurgia que tem o propósito de diminuir as abas ou asas, nas laterais do nariz, que circundam as narinas, para corrigir assimetrias.
Essa região do nariz é formada por pele, tecido subcutâneo, gordura, tecido conectivo e mucosa. O nariz contém duas linhas imaginárias circundando pelo canto interno de cada um dos olhos, denominadas linhas intercantais.
Tipos de nariz
As asas do nariz que estão em conjunto a esta linha ou no máximo a 2 mm de distância são parte de um nariz fino. O nariz fora das linhas é considerado largo ou com uma base alar larga.
É válido ressaltar que tanto o formato do nariz quanto as asas nasais são completamente normais e funcionais, portanto não se trata de uma imperfeição, apenas uma característica física.
Como o Brasil é um país de miscigenação, o aprimoramento da cirurgia plástica da rinoplastia prioriza manipular as asas nasais, com a intenção de obter uma proporção facial mais adequada.
As asas nasais com abertura mais pronunciada são chamadas popularmente de "nariz de batata". O perfil mais baixo e pouco projetado leva a impressão de ser um nariz achatado, sendo mais largo devido à abertura das narinas.
Como é a alectomia
Assim, a alectomia - considerada um refinamento da rinoplastia - é a cirurgia das asas nasais. Pode ser realizada isoladamente ou parte de uma rinoplastia completa, dependendo da avaliação do cirurgião plástico.
Para modificar o tamanho faz-se uma resseção das asas nasais. Pode ser realizada com a anestesia local. Mas se a sedação for venosa, a cirurgia deve ser realizada em ambiente hospitalar.
Com a pele devidamente anestesiada, a técnica consiste em fazer a resseção, removendo um fragmento da pele das laterais das narinas, para reduzir a abertura ao retirar o excesso de tecido. Em seguida, é feito o reposicionamento dos tecidos, o que permitirá cicatriz bastante discreta, pois esta ficará na parte de baixo do nariz.
A quantidade de pele removida é calculada de acordo com os traços faciais do paciente. As narinas devem ficar com uma largura mais harmônica, em relação ao restante do rosto. Mas é importante manter as características da pessoa, ou seja, suas feições.
Depois da alectomia
Esse tipo de cirurgia plástica no nariz tem um pós-operatório mais tranquilo, em comparação a rinoplastia, pois não implica em fraturas ósseas e enxertos de cartilagem. O risco maior é o excesso de ressecção.
Caso ocorra por causa de um nariz muito fechado, haverá dificuldade em respirar. Outro risco é a assimetria inadequada, ou ainda se ocorrer ressecção maior de um lado que do outro. É necessário um novo procedimento para corrigir a deformidade.
As atividades profissionais podem ser retomadas no dia seguinte, mas é necessário suspender as atividades físicas por alguns dias para garantir a melhor cicatrização.
Compressas geladas e dormir com a cabeça um pouco elevada em relação ao corpo por alguns dias são recomendações. Os três meses seguintes à cirurgia de alectomia, é proibida a exposição solar prolongada. E protetor solar sempre na região.