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Seu bebê está prestes a completar um ano e já faz um tempo que os alimentos foram introduzidos em sua rotina. Para alguns pais, a alimentação do bebê pode vir cercada de dúvidas e incertezas, principalmente quando falamos sobre quantidade.
A pediatra Patrícia Marañon Terrivel explica que é difícil dizer quando a criança está comendo demais, pois o estômago ainda está em formação e se expandindo. Portanto, recomenda que, se a criança quiser comer, deixe-a comer, até mesmo para que não se crie nenhum trauma.
Por outro lado, identificar se seu bebê está comendo pouco pode ser mais fácil. A pediatra afirma ser interessante observar se o bebê pega o peito e adormece após 10 minutos ou até mesmo antes disso, se molha menos de quatro fraldas por dia ou até mesmo se pede para mamar logo em seguida de mamar e adormecer, como se ainda estivesse com muita fome.
Converse com o pediatra responsável pelo acompanhamento do seu filho, caso passe a desconfiar que ele não está comendo o necessário. Nesses casos, o profissional vai auxiliar a encontrar a melhor maneira de solucionar o problema.
A introdução de frutas na alimentação da criança é muito importante para garantir a ingestão de nutrientes. De acordo com Patrícia Marañon Terrivel, nesta fase toda fruta é bem-vinda, no entanto é importante tentar dar preferência para frutas orgânicas, por não conterem agrotóxicos.
De acordo com a pediatra, as frutas mais recomendadas são:
- Abacate: embora seja gorduroso, há grande quantidade de gordura monoinsaturada, a gordura mais saudável, que ajuda a regular o colesterol. Além disso, é rico em vitamina A e E e em minerais, como cálcio, ferro, potássio e magnésio
- Banana: é rica em vitaminas do complexo B. Muitos a conhecem por conter bastante potássio, o que ajuda a prevenir cãibras. Para as mães de bebês uma informação é importante: as do tipo "prata" e "maçã" prendem o intestino dos pequenos, já com a do tipo "nanica" isso não acontece
- Goiaba: é rica em vitamina C, antioxidantes e potássio. É uma das frutas que prendem o intestino do bebê, por isso uma boa dica é batê-la com laranja (que tem o efeito contrário)
- Laranja: rica em vitamina C, ajuda a fortalecer o sistema imunológico, prevenindo gripes e resfriados, além de ajudar também na absorção do ferro. A do tipo "lima" tem sabor mais suave, por isso melhor aceita pelos bebês. É uma fruta que solta o intestino e ajuda os que têm constipação
- Maçã: tem boa concentração de fibras, que ajudam na regularidade intestinal (para bebês que estão se iniciando nos sólidos, ela tende a prender um pouco o intestino). A casca é rica em vitamina C e a fruta contém pectina, uma substância que auxilia no controle da glicemia.
Por outro lado, alimentos processados, embutidos, com açúcar refinado, bebidas industrializadas e refrigerantes, gelatinas, chocolate e café entram na lista de alimentos que não devem ser oferecidos ao bebê nesta idade. Isso porque todos contribuem com uma alimentação pobre, além de prejudicar a formação do paladar infantil. Além disso, a pediatra afirma que o mel também não é recomendado até os 2 anos, devido ao botulismo.
A hidratação do bebê também é importante. No entanto, como ele ainda é amamentado e o leite materno possui água, a recomendação diária de água a ser oferecida para o bebê é de 800 ml. Alguns bebês costumam gostar muito e pedem água ao longo do dia, nesses casos, ofereça. A hidratação é fundamental para a saúde e o equilíbrio da criança.
Engana-se quem acredita que o bebê deve consumir apenas as papinhas. De acordo com a pediatra, se feito da forma correta, o bebê já pode ser estimulado aos alimentos sólidos a partir dos 6 meses de idade. Nesses casos, recomenda-se o método BLW.
Sua prática faz com que o bebê desperte naturalmente a vontade de consumir estes alimentos, dentro do seu ritmo. Além de permitir que a criança seja inserida na rotina de refeições da família, aumentando a noção de horários. Veja como fazer o BLW de modo seguro para evitar engasgos.