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Sabia que 70% do nosso corpo é composto por água e que ela está envolvida em inúmeras funções vitais dentro do organismo? Em média, um adulto deve consumir dois litros de água por dia, valor que pode mudar de acordo com a composição corporal de cada pessoa. Mas você se preocupa com a qualidade da água que bebe?
É importante prestar atenção nisso, afinal, quando esse líquido que deve ser puro, livre de bactérias e com pH equilibrado está inadequado ou contaminado, é possível que a ingestão provoque alguns problemas para a saúde. Quem nunca ouviu falar de verminoses contraídas pela água não potável, ou uma dor de barriga depois de beber uma água "suspeita"?
Por isso, é essencial se certificar que a água disponível para beber esteja devidamente limpa e livre de microrganismos nocivos que podem provocar problemas maiores.
No Brasil, felizmente, temos a tranquilidade de a água fornecida pela rede pública passar por um tratamento prévio, o que garante a qualidade e segurança para o consumo.
"Há uma legislação (Portaria de Consolidação nº 5, Anexo XX) que ordena que a água distribuída pela rede já tenha uma certa qualidade para o consumo, então no caminho desde a rede de abastecimento até a residência, é garantido que esta água está protegida", explica a técnica em química e especialista em água Jaqueline Ferreira.
"Se essa recomendação for seguida, portanto, até o cavalete da residência temos a garantia que a água está protegida contra microrganismos nocivos", detalha a especialista.
Já se a água vem de um poço, a legislação solicita que ela seja tratada dentro da propriedade que utiliza o poço, portanto é preciso se certificar que a água foi realmente protegida.
Porém, a qualidade da água não é só atestada pelo fato de não conter vírus, bactérias ou outros germes. O cloro utilizado no tratamento da água, o responsável por eliminar microrganismos nocivos, deve ser um ponto de atenção.
"Então, conforme Norma Brasileira NBR 16098:2012, para que um purificador seja aprovado ele deve reduzir >= 75% do cloro livre presente na água. Desta forma, temos uma água protegida e mais pura para consumo", aconselha Jaqueline.
Filtro e purificadores são alternativas
Para reduzir a concentração de cloro da água da rede pública e garantir que ela fique purificada para o consumo imediato, portanto, é possível usar um filtro ou purificador domésticos específicos. Além disso, com esses aparelhos também será possível eliminar as impurezas que possam ter vindo através do encanamento.
"Às vezes, no nosso próprio encanamento pode existir algum tipo de contaminação, e o filtro garante que essas partículas e sujidades, quando maiores ou iguais à porosidade do refil, fiquem retidas dentro dele, saindo uma água mais pura", recomenda Jaqueline.
Para que o filtro ou purificador funcione bem, porém, é importante saber que a água já deve chegar tratada em casa. Ou seja, nada de pegar uma água direto do poço, passar pelo filtro e ingerir em seguida: sem o devido tratamento prévio com cloro ou outros componentes, se necessário, não há garantia que todos os microrganismos tenham sido eliminados.
Para conhecer as propriedades da água para seu respectivo tratamento, porém, aconselha-se buscar um laboratório acreditado para realização das análises necessárias.
"Para que o purificador tenha bom desempenho, a água precisa atender à legislação que citei anteriormente", alerta a química.
Ou seja, apesar de ser importante consumir uma água com baixa quantidade de cloro, é importante saber que esse composto desempenha um papel fundamental na hora do tratamento da água e para manter a água livre de microrganismos até que chegue a hora do consumo. O purificador, portanto, retira o cloro apenas na hora do consumo.
Mas como escolher um purificador dentre as tantas opções do mercado? Procure por aqueles com tripla filtragem, que têm capacidade de reter as impurezas da água (barro, ferrugem e sedimentos, por exemplo), além de controlar a proliferação de bactérias e reduzir o cloro, eliminando sabores ou até mesmo odores desagradáveis.
Além disso, é interessante também procurar por purificadores que equilibrem o pH da água, deixando-a próxima do equilíbrio. Há regiões do País em que a água proveniente dos rios - e que posteriormente é tratada para o consumo - é mais ácida, e esse tipo de purificador equilibra a água, tornando-a mais leve e interessante para o paladar.
Outro benefício de tratar a acidez da água e deixá-la próxima ao pH equilibrado é a saúde dental. Sabe-se que uma água muito ácida pode fazer mal aos dentes, provocando desmineralização ou desgaste no esmalte dental1. Além disso, para quem tem refluxo gastroesofágico, por exemplo, também é interessante evitar o consumo frequente de águas ácidas, pois elas podem piorar o problema2.
Características de uma boa água
É considerada uma boa água aquela que não carrega microrganismos patogênicos, que tenha uma certa concentração de cloro que garante que a água se mantenha protegida - composto que é retirado por um purificador na hora do consumo - e que tenha um pH equilibrado.
Para quem vai consumir água da torneira de outros locais que não seja sua própria casa, porém, é importante prestar atenção a alguns sinais de que a água está adequada para beber. Em primeiro lugar, é preciso se certificar que a água foi tratada de acordo com a legislação brasileira.
"Se ela já tiver sido tratada, o risco de beber água diretamente da torneira é o de eventualmente consumir água com quantidade de cloro que possa incomodar o paladar de pessoas mais sensíveis, ou com possíveis partículas, visto que não há um purificador para fazer essa etapa final", explica Jaqueline.
A sugestão, portanto, é de - mesmo tendo a garantia de a água ser tratada - testar o odor e, antes de consumir um copo inteiro de água, testar o sabor.
"Ou seja, tomar um gole antes e prestar atenção se há algum sabor na água", diz a especialista. Vale lembrar que a água é insípida, portanto não deve conter sabor algum.
Referências
1 - Wright KF. Is Your Drinking Water Acidic? A Comparison of the Varied pH of Popular Bottled Waters. Journal of Dental Hygiene. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26338903/ Acesso em 6 de agosto de 2020.
2 - Koufman JA, Johnston N. Potential benefits of pH 8.8 alkaline drinking water as an adjunct in the treatment of reflux disease. Annals of Otology, Rhinology, and Laryngology. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22844861/ Acesso em 6 de agosto de 2020.