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Uma recente pesquisa realizada por cientistas dinamarqueses identificou que o uso de métodos contraceptivos hormonais, principalmente a pílula anticoncepcional, possui forte relação com alterações na saúde mental de adolescentes e mulheres. Os dados, publicados na revista científica ResearchGate, associaram o uso de antidepressivos como consequência da contracepção.
O estudo, que teve duração de 13 anos, contou com a análise de mais de um milhão de mulheres entre os 15 e 34 anos de idade. Os resultados concluíram que as participantes que faziam uso da pílula, DIU hormonal, anel vaginal e adesivo anticoncepcional, estavam mais propensas a ter o diagnóstico de depressão quando comparadas às mulheres que optaram por métodos não hormonais, como a camisinha, diafragma e DIU de cobre.
Outras pesquisas também identificaram sintomas de depressão como um dos possíveis efeitos dos contraceptivos hormonais no cérebro. A análise feita por cientistas estadunidenses em 2019, publicada no Journal of the American Medical Association, observou 1.010 adolescentes por nove anos.
Por sua vez, este estudo concluiu que as voluntárias que ingeriam anticoncepcionais orais apresentavam sinais como choro, hipersonia e problemas de alimentação com mais frequência. Assim, a conclusão das duas pesquisas reforçam ainda mais a necessidade de buscar orientação médica na hora de selecionar o melhor contraceptivo para cada mulher.
Quando a pílula não faz bem a você
O uso de anticoncepcionais só deve ser feito a partir da indicação de um médico ginecologista. O acompanhamento com o especialista é essencial para garantir que a pílula ou o método escolhido está funcionando normalmente, garantindo a saúde e bem-estar do organismo.
Quando a pílula é mal indicada ou começa a ser tomada por conta própria, o corpo pode não reagir bem a ela, causando problemas como: hemorragias, anemia, ausência de menstruação, ganho de peso e perda de libido. Caso haja efeitos colaterais muito intensos, é recomendado que o médico seja informado.
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