Médica dermatologista graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Integra o corpo clínico...
iRedatora de conteúdos sobre beleza, família e bem-estar.
Ainda hoje há quem acredite que os ácidos indicados para a pele são somente aqueles utilizados em clínicas de estética, em um tratamento de peeling médio ou profundo, por exemplo. Mas na prática não é bem assim.
Em caso de tratamentos estéticos os ácidos realmente só devem ser manipulados e aplicados por profissionais, pois devido a sua alta concentração podem causar queimaduras e outros efeitos indesejados quando utilizados de forma inadequada. Porém, também é possível encontrar esses e outros tipos de ácidos, em porcentagem menores, na composição de produtos cosméticos e dermocosméticos.
Ou seja, os ácidos estão naqueles cremes diurnos/noturnos e demais itens que fazem parte da rotina de cuidados com a pele e podem ser utilizados em casa após a indicação do dermatologista.
A lista de ácidos é longa e os benefícios que eles proporcionam também. Mas entre os queridinhos do momento estão os ácidos glicólico e o mandélico. Você já ouviu falar em algum deles? Não? Então conheça mais sobre cada um abaixo!
O que é o ácido glicólico e quais são os benefícios?
O ácido glicólico é um ativo da família dos alfa-hidroxiácidos (AHA), isso significa que ele é orgânico, extraído de matérias-primas naturais e sua ação pode ser descrita como a de uma esfoliação, um peeling mais leve e superficial, o que permite uma renovação celular. Por esse motivo, ele proporciona diversos benefícios para a pele, como:
- maior permeabilidade (facilitando o uso de outros produtos)
- redução dos radicais livres
- estímulo à produção de colágeno
- prevenção ao envelhecimento precoce
- redução da aparência dos poros.
O que é o ácido mandélico e quais são os benefícios?
O ácido mandélico, assim como o glicólico, integra a família dos AHA, por isso tem ação esfoliante que remove as células mortas e melhora a textura da pele. Mas a diferença entre os ativos se dá porque o mandélico é indicado, principalmente, para o tratamento de manchas.
A ação é possível, pois o ácido mandélico tem um alto peso molecular, com isso é absorvido de forma mais lenta pela epiderme, o que diminui a síntese da melanina, proteína responsável pela pigmentação da pele. Sendo assim, ele é indicado para quem quer ter resultados como:
- clareamento de manchas
- redução da pele morta
- mais maciez
- evitar o surgimento de acne
- prevenção do envelhecimento precoce
Como utilizar os ácidos glicólico e mandélico?
Uma dúvida que pode surgir ao pensar no uso de ácidos é sobre a mistura, isto é, a aplicação de mais de um produto na pele no mesmo dia. Em alguns casos essa atitude é contraindicada, por isso é fundamental consultar o dermatologista antes de investir em qualquer rotina de skincare ou tratamento, afinal, o profissional saberá indicar o que é melhor para o seu caso.
A partir daí os ácidos podem ser utilizados uma vez ao dia - ou conforme orientação - após as etapas de limpeza e hidratação da pele, de preferência à noite, como explica a marca Creamy, que conta com ambos os ácidos em seu portfólio.
O ácido glicólico deve ser combinado à niacinamida e ao alfa-bisabolol, dois ativos que, juntos ao ácido, promovem mais hidratação, controle do brilho excessivo, além do efeito calmante e regenerador, minimizando assim os efeitos colaterais do uso do ácido. Com isso, o resultado garantido é uma melhora na textura da pele.
Quando possui textura em gel, o ácido mandélico é ideal para quem deseja ter uma pele sem manchas - até aquelas provocadas pelo melasma -, hidratada e com brilho, uma vez que a fórmula deste produto conta ainda com a ação do alfa-arbutin, ativo regenerador e hidratante.
Além de ter em seu portfólio esses dois produtos que apresentamos, a Creamy ganhou novidades para completar sua rotina de cuidados com a pele. Converse com o seu dermatologista sobre as diversas possibilidades e saiba mais sobre o uso de ácidos na pele!