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A poliomielite - também conhecida como pólio ou paralisia infantil - é uma doença infecciosa causada pelo poliovírus e assim como outras patologias virais é altamente transmissível. Ou seja, é preciso preveni-la devido seu potencial em causar surtos de contaminação e pelo alto risco, uma vez que a poliomielite pode levar à morte ou deixar sequelas graves1,2.
Adultos e crianças estão suscetíveis ao quadro, mas aquelas menores de cinco anos são as mais afetadas pelo vírus que é comumente transmitido de pessoa para pessoa, por meio do contato com secreções contaminadas, como saliva e muco, mas que também pode ser encontrado em água e alimentos em lugares sem saneamento básico1,2.
Justamente por afetar as crianças com mais frequência e por causar sequelas, como a paralisia nos membros inferiores, a doença se tornou conhecida pelo nome de "paralisia infantil". E essa grave consequência acontece porque em pouco tempo após o contato com o poliovírus, ele é capaz de invadir o sistema nervoso (cérebro) e causar imobilidade2.
Nem todo mundo que tem contato com a pólio irá se infectar e apresentar sintomas, mas é importante saber que a doença pode se manifestar com sinais como1,2:
- febre
- diarreia
- fadiga
- dor de cabeça
- vômitos
- rigidez do pescoço
- dor nos membros
- flacidez muscular
- assimetria dos músculos.
Por que a poliomielite é preocupante no Brasil?
Apesar de ter sido considerada erradicada no Brasil, em 2018, após quase 30 anos, o país voltou a apresentar novos casos da doença1,2. E isso pode ser explicado, pois embora a vacina esteja disponível em todo o país, faça parte do calendário de vacinação infantil e seja o único método de proteção realmente eficaz, a cobertura vacinal da pólio e de outras doenças com potencial para causar epidemias, como o sarampo, estão baixas3.
Isto é, as pessoas não estão levando seus filhos para receber a vacinação devido às notícias falsas em relação ao assunto, como que elas podem causar autismo ou doenças graves, deixam sequelas, têm efeitos colaterais muito fortes, entre outros mitos4. Esta atitude, porém, faz com que a população como um todo esteja em risco, pois somente a vacinação garante imunidade individual e também de um grupo1.
O que é necessário para combater a poliomielite?
A melhor forma de combater a poliomielite é com a vacinação1! A primeira dose deve ser aplicada quando o bebê completa 2 meses de vida, depois há mais duas doses aos 4 e 6 meses, e reforços entre 15 e 18 meses e aos 5 anos de idade5,6.
Atualmente, é possível encontrar diferentes vacinas utilizadas para a prevenção da paralisia infantil6. Entenda melhor sobre cada tipo abaixo!
VOP: é importante lembrar que vírus, bactérias e fungos são microrganismos com vida, que se reproduzem. Então, esse tipo de vacina possui o vírus da pólio enfraquecido e é administrado por via oral.
VIP: já a vacina VIP é produzida com vírus inativado (morto) e por isso não tem como causar a doença. Essa é aplicada por meio de injeção intramuscular.
Desse modo, é possível garantir uma maior adesão à vacinação, além de maior proteção, uma vez em que mais doenças também oferecem risco à saúde dos bebês e da população devido à alta potência de transmissão.
Portanto, lembre-se! Converse com seu médico e mantenha a carteirinha de vacinação do seu filho atualizada. Além disso, manter bons hábitos de higiene também são benéficos, então você pode investir na higienização de alimentos e das mãos, em distâncias seguras entre bebês e pessoas contaminadas, em manter ambientes ventilados e outras medidas1.
Referências:
1 - Brasil, Ministério da Saúde. Poliomielite: causas, sintomas, diagnóstico e vacinação. Disponível em: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/poliomielite. Acesso em 21 de setembro de 2020.
2 - Organização Pan-Americana de Saúde. Folha informativa - Poliomielite. Organização Mundial da Saúde. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5735:folha-informativa-poliomielite&Itemid=820. Acesso em 22 de setembro de 2020.
3 - Fiocruz. A ameaça da baixa cobertura vacinal pelo SUS [Internet]. Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/ameaca-da-baixa-cobertura-vacinal-pelo-sus . Acesso em 22 de Setembro de 2020.
4 - Sociedade Brasileira de Imunizações. Sete a cada dez brasileiros acreditam em informações falsas sobre vacinação. Disponível em: https://sbim.org.br/noticias/1139-sete-a-cada-dez-brasileiros-acreditam-em-informacoes-falsas-sobre-vacinacao. Acesso em 22 de setembro de 2020.
5 - Sociedade Brasileira de Imunizações. CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO SBIm CRIANÇA (2020/21). https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf. Acesso em 22 de setembro de 2020.
6 - Sociedade Brasileira de Imunizações. Vacinas poliomielite. Disponível em: https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacinas-poliomielite. Acesso em 22 de setembro de 2020.