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Um estudo realizado por pesquisadores de Portland e publicado no Providence Portland Medical Center descobriu que mães vacinadas contra COVID-19 desenvolveram anticorpos no leite materno. Foram analisadas seis mulheres lactantes que planejavam receber as duas doses da vacina Pfizer ou Moderna entre dezembro de 2020 e janeiro deste ano.
O estudo identificou níveis significativamente elevados de anticorpos no leite materno das participantes. Isso aconteceu sete dias após a primeira dose da vacina ser aplicada e sugere que bebês podem ser protegidos da COVID-19 quando amamentados por mães que foram vacinadas.
"Não sabemos quanto tempo os anticorpos permanecerão nas mães ou nos bebês. Há mais para aprender", completa o cientista e pesquisador da Providence, Jason Baird.
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Uma nova pesquisa publicada na revista científica The Journal of the American Medical Association (JAMA) também identificou anticorpos contra o novo coronavírus no leite materno de lactantes vacinadas. O estudo acompanhou 84 mulheres de Israel - todas receberam as duas doses do imunizante da Pfizer-BioNTech entre 23 de dezembro de 2020 e 15 de janeiro de 2021, obedecendo o intervalo de 21 dias entre as doses.
Ao todo foram analisadas 504 amostras de leite materno, colhidas antes e depois da aplicação da vacina uma vez por semana durante seis semanas - começando a partir do 14º dia após a primeira dose.
Ao analisarem essas amostras, pesquisadores notaram que 61,8% delas tinham os anticorpos IgA contra o novo coronavírus - esse percentual sobe para 86,1% após a segunda dose da vacina. Já o anticorpo IgG foi identificado em 97% das amostras de leite colhidas entre as semanas cinco e seis após a segunda dose da vacina.
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Esse aumento de anticorpos entre as duas doses acontece porque a primeira dose auxilia o organismo a reagir ao vírus, enquanto a segunda estimula o corpo a produzir mais anticorpos. O estudo também observou que esses anticorpos encontrados no leite materno apresentaram forte fator neutralizante, indicando um potencial efeito protetor contra a doença aos bebês.
Entretanto, os pesquisadores envolvidos em ambos os estudos ressaltam a necessidade de mais pesquisas para compreender a real eficácia desses anticorpos na proteção de recém-nascidos. Além disso, os cientistas que desenvolveram a pesquisa em Portland planejam continuar estudando a resposta imunológica após a vacinação materna.
Amamentação e COVID-19
Nos casos confirmados de infecção pela SARS-CoV-2 em lactantes, a amamentação deve ser mantida, visto que nada comprova que a COVID-19 possa ser transmitida através do leite materno. Esse consenso na comunidade médica leva em conta que os benefícios do aleitamento materno superam em muito os riscos da COVID-19.
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