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Paralisia infantil, poliomielite ou pólio: essas três palavras são utilizadas para denominar uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus. Por causa das suas possíveis sequelas graves, como a paralisia ou atrofia muscular, o imunizante para essa doença está entre as vacinas de caráter obrigatório do Programa Nacional de Imunizações (PNI)1,2.
Essa ação, juntamente com rigorosas medidas de vigilância epidemiológica, ajudaram a controlar a doença no Brasil3. Mas, infelizmente, esse cenário corre o risco de mudar. A ameaça do surgimento de novos casos de poliomielite é maior em populações com baixa cobertura vacinal - e as taxas de vacinação do País estão em queda4.
Em 2019, 100 municípios brasileiros tiveram coberturas vacinais abaixo de 50%4. E essas taxas ficaram ainda mais preocupantes desde o início da pandemia. Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) revelou que 29% dos pais adiaram a vacinação dos filhos e 40% atrasaram a imunização em decorrência do novo coronavírus5.
Essa baixa na vacinação das crianças indica um risco alarmante: o retorno de doenças imunopreveníveis consideradas controladas, entre elas a paralisia infantil4.
Consequências da poliomielite
O vírus da poliomielite pode afetar adultos e crianças. Ele é transmitido pelo contato direto pessoa a pessoa, pelas fezes ou secreções eliminadas pela pessoa infectada, através de objetos, alimentos, água contaminada ou gotículas que saem ao falar, tossir ou espirrar1.
Existem alguns fatores que favorecem a propagação do poliovírus, como a falta de saneamento básico, más condições habitacionais e higiene pessoal precária. A poliomielite se manifesta de diferentes formas, as mais recorrentes são1:
- Febre1
- Mal estar1
- Dor de cabeça, de garganta e no corpo1
- Vômito1
- Diarreia1
- Prisão de ventre1
- Espasmos1
- Rigidez na nuca1
- Meningite1.
Em casos mais graves, a pessoa pode até mesmo apresentar flacidez muscular, que afeta, na maioria dos casos, um dos membros inferiores1.
Ao alcançar a corrente sanguínea, o poliovírus pode infectar a medula e o cérebro, podendo causar sequelas motoras e que não têm cura. As principais complicações são problemas e dores nas articulações, osteoporose, crescimento diferente das pernas, atrofia muscular, dificuldades na fala e hipersensibilidade ao toque1.
Pessoas com paralisia infantil também podem apresentar paralisia dos músculos da fala e da deglutição; além sequelas motoras, como dificuldade de andar1.
Por que é importante prevenir?
A única opção disponível para prevenir a poliomielite é a vacinação. Por isso, é muito importante levar os pequenos com menos de cinco anos para tomar a vacina de acordo com o esquema vacinal de rotina da sua região e da campanha nacional anual de vacinação1.
O Dia Mundial de Combate à Poliomielite, que acontece no dia 24 de outubro, serve como um alerta de que, para que doenças imunopreveníveis permaneçam controladas, a imunização não pode esperar!6
Com o acompanhamento e orientação do pediatra, busque as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou clínicas de vacinação privada e proteja seu filho contra a paralisia infantil. E lembre-se sempre: quem ama, vacina.
MAT-BR-2106612 - Material para público leigo
Referências
1- Ministério da Saúde. Poliomielite (paralisia infantil). Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/poliomielite-paralisia-infantil/ Acesso em 04 de outubro de 2021.
6 - Bio-Manguinhos. 24/10 ? Dia Mundial de Combate à Poliomielite. Disponível em: https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/2027-24-10-dia-mundial-de-combate-a-poliomielite Acesso em Outubro de 2021.