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Recentemente, lotes do medicamento genérico losartana foram recolhidos do mercado após impurezas do tipo azido serem encontradas na composição do remédio. Para que o uso do medicamento não sofra nenhum tipo de prejuízo em pacientes que o utilizam frequentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma nota tirando dúvidas sobre o que fazer diante da situação.
Por que o losartana apresentava riscos?
A losartana é um medicamento indicado para pessoas com hipertensão, pertencente à classe das "sartanas", um grupo de remédios conhecidos por sua segurança e eficácia no controle e tratamento da hipertensão e insuficiência cardíaca por reduzirem o risco de derrame e infarto.
Todavia, lotes do losartana (reunidos pela Anvisa em uma lista) apresentaram taxas de azido, uma impureza com potencial mutagênico.
O azido é um composto químico que pode surgir a partir do próprio processo de fabricação do medicamento e costuma ser identificado no controle de qualidade das fabricantes.
Recomendações atuais da Anvisa sobre o losartana
Segundo a Anvisa, as primeiras informações sobre a possibilidade da presença do azido em lotes da losartana ocorreram no segundo semestre de 2021 e o recolhimento do medicamento, feito pelas próprias fabricantes, em setembro e outubro do ano passado, foi uma medida de prevenção.
Neste momento, porém, os pacientes não devem parar o uso da losartana sem orientação, uma vez que sua interrupção por conta própria pode levar a quadros de hipertensão.
A agência ainda explica que não há dados sugerindo que o uso do remédio com a presença da impureza causou algum tipo de prejuízo a pacientes, como cânceres, anomalias congênitas ou distúrbios de fertilidade.
A Anvisa, contudo, segue monitorando a presença do azido no losartana. Ela ainda reforça que pacientes, familiares e profissionais de saúde podem notificar suspeitas de eventos adversos em uma plataforma especial criada para o caso.