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A atriz Guta Stresser, conhecida por interpretar Bebel em “A Grande Família”, revelou em entrevista à revista VEJA que foi diagnosticada com esclerose múltipla, doença autoimune que afeta cérebro, nervos ópticos e medula espinhal.
Guta contou que um dos primeiros sintomas notados foi a perda de memória, principalmente de palavras simples, como “copo” e “cadeira”. Além disso, a atriz também sentia dores musculares ao passar muito tempo sentada. O diagnóstico foi confirmado após Guta cair na sala de casa e procurar atendimento médico.
Principais sintomas da esclerose múltipla
A esclerose múltipla é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico ataca células saudáveis, corroendo a bainha protetora que cobre os nervos, conhecida como mielina. Com isso, a comunicação entre cérebro, medula espinhal e outras áreas do sistema nervoso central é danificada, resultando na deterioração dos próprios nervos.
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Os primeiros sintomas costumam aparecer na faixa dos 20 a 40 anos e variam de uma pessoa para outra, já que diferentes nervos podem ser afetados. De maneira geral, os sinais da doença são:
- Fadiga;
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Dormência;
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Coceira;
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Perda de equilíbrio;
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Espasmos musculares;
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Dificuldade para andar;
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Tremor e fraqueza em um ou mais membros;
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Vontade frequente de urinar;
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Constipação intestinal;
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Tontura ou vertigem;
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Perda de memória;
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Dificuldade para raciocinar;
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Depressão;
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Perda de audição;
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Secura vaginal ou problemas de ereção;
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Redução da libido;
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Visão dupla;
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Perda de visão.
A fadiga é um dos sintomas mais recorrentes: oito em cada 10 pessoas com esclerose múltipla se sentem sempre muito cansadas, independente de terem tido uma boa noite de sono ou da quantidade e da intensidade das atividades que fizeram no dia.
A esclerose múltipla pode, ainda, ser classificada de duas maneiras:
- Remitente recorrente: os sintomas aparecem em formas de surtos que podem durar alguns dias ou semanas;
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Progressiva: os sintomas neurológicos evoluem de forma gradual, sem intervalo ou remissões. Normalmente, ocorre após a forma remitente recorrente.
As causas exatas da esclerose múltipla não são conhecidas, mas há evidências de que a genética, o ambiente em que a pessoa vive e, até mesmo, um vírus podem causar a doença. O diagnóstico deve ser feito por um neurologista com a ajuda de exames clínicos, de ressonância magnética e de exame do líquor.
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