Médico pediatra e pesquisador sobre o sono de bebês. Formado pela Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte,
Redatora especialista em bem-estar, família, beleza, diversidade e cuidados com a saúde do corpo.
Sejam brincadeiras na rua, na praia ou em parques, passar um tempo ao ar livre traz uma série de benefícios para o bem-estar e para o desenvolvimento das crianças. Entretanto, essas atividades possuem um fator em comum que deve ser levado com atenção: a exposição aos raios solares.
Assim como acontece com adultos, passar muito tempo ao sol sem medidas de proteção contra os raios UVA e UVB traz riscos para a saúde dos pequenos - em alguns casos, as consequências são ainda mais graves.
Cuidados necessários
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o recomendado é que bebês menores de seis meses não sejam expostos diretamente ao sol.
“Ao contrário dos repelentes, que a cada ano surgem opções seguras para bebês desde dois meses de vida, ainda não temos opções seguras de protetores solares no Brasil, havendo o risco de irritação e de alergia cutâneas”, conta o pediatra Odilo Queiroz.
Já após os seis meses, o médico alerta sobre a importância de dar uma atenção maior aos cuidados de bebês e de crianças ao tomarem sol. Isso porque esse grupo possui a pele mais sensível e, muitas vezes, não percebe rapidamente os sinais de insolação e de queimadura solar.
Por isso, o especialista recomenda os seguintes cuidados:
- Evitar a exposição solar entre 10:00 e 16:00;
- Usar de protetor solar e barreira físicas, como um guarda-sol, chapéu e roupas com proteção UV;
- Evitar exposições prolongadas.
“O recomendado é que crianças a partir de anos usem óculos de sol. Como em crianças menores o seu uso é mais difícil, o ideal é o uso de viseiras, bonés e, claro, evitar a exposição”, aconselha Odilo.
Protetor solar infantil
Ainda segundo Odilo, bebês e crianças a partir dos seis meses de vida devem utilizar protetores solares hipoalergênicos, livres de PABA (ácido para-aminobenzóico), parabeno e outros produtos químicos irritantes, como álcool. “Como a pele da criança é mais sensível que a de um adulto, essas substâncias possuem um maior risco de desencadear alergias”.
Além disso, o médico recomenda que o uso do produto seja feito de 20 a 30 minutos antes da exposição solar, em uma quantidade suficiente para que haja uma aplicação uniforme, ou seja, que não deixe áreas descobertas e passíveis de queimaduras
Saiba mais: Protetor solar infantil: 6 produtos indicados para crianças
Tempo de exposição
Não há um tempo considerado ideal de exposição solar durante a infância. “Depende do quão sensível a pele é e da intensidade da exposição solar. A recomendação formal é de que evitem exposições de mais de duas horas sem que haja uma reaplicação do protetor, com esse intervalo podendo ser ainda menor caso haja sudorese intensa ou contato com a água”, finaliza Odilo.