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Não é novidade que o consumo em excesso de alimentos ultraprocessados faz mal à saúde. Porém, uma nova pesquisa descobriu que o nitrito de sódio, um conservante alimentício encontrado em alimentos como salsicha, presunto, salame e bacon, pode aumentar em até 27% a chance de ter diabetes tipo 2. Além disso, pode aumentar o risco de câncer de intestino, câncer de mama e câncer de próstata.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores franceses investigaram as dietas de 104.168 adultos na França entre 2009 e 2021. Os participantes foram divididos em três grupos com base na quantidade de consumo de nitrito: 3,3 mg por dia ou menos; 5,1 mg por dia ou menos; e 8,6 mg por dia ou menos.
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Os resultados foram publicados recentemente na revista científica PLOS Medicine e mostraram que há um risco significativamente maior de desenvolvimento do diabetes tipo 2 entre aqueles que consumiram mais o nitrito de sódio. Para Bernard Srour, autor do estudo e pesquisador da Sorbonne Paris Nord University, não é recomendado o consumo de mais de 70 g de carne processada por dia, o que seria equivalente a uma fatia e meia de bacon.
Além disso, o pesquisador considera essencial limitar o consumo de alimentos que contenham aditivos químicos e, ainda, melhorar a regulamentação da contaminação do solo por fertilizantes - que, muitas vezes, contam com a substância. O nitrito de sódio é adicionado nos alimentos, principalmente, para evitar que eles estraguem.
Diabetes tipo 2: quais são os principais fatores de risco?
O diabetes tipo 2 é uma doença crônica caracterizada pelo aumento nos níveis de açúcar no sangue, causado pela resistência à insulina, hormônio que regula a entrada de açúcar nas células. A doença representa 90% dos casos de diabetes no Brasil, atingindo mais de 14 milhões de pessoas, segundo o Atlas do Diabetes.
Os principais fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, especialmente em pessoas com mais de 45 anos, são:
- Obesidade e sobrepeso;
- Diabetes gestacional anterior;
- Pré-diabetes;
- Sedentarismo;
- Hipertensão;
- Consumo elevado de álcool;
- Histórico familiar de diabetes tipo 2;
- Baixos níveis de colesterol HDL;
- Triglicerídeos elevados.
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Uma das principais formas de tratamento é seguir uma dieta para diabetes tipo 2. Pessoas com a doença devem evitar os açúcares presentes nos doces e carboidratos simples (como massas e pães), além de alimentos ultraprocessados. A prioridade na alimentação deve envolver alimentos integrais, frutas e vegetais.