Redatora especialista em bem-estar, família, beleza, diversidade e cuidados com a saúde do corpo.
Giovanna Ewbank revelou que seu filho Bless, de 8 anos, possui uma síndrome que provoca uma sensibilidade maior a cheiros e sons, chamada de Transtorno de Processamento Sensorial. O relato foi feito durante um episódio do podcast apresentado por ela ao lado de Fernanda Paes Leme, “Quem Pode, Pod”.
A atriz e apresentadora se emocionou ao contar que, no começo, não compreendia as queixas do filho, que se incomodava facilmente com barulhos e texturas comuns do dia a dia, como ao pisar na grama.
“Diversas vezes ele passava, por exemplo, pela cozinha, e falava: 'ai, que cheiro forte!'. E eu falava: 'Bless, para com isso. É frescura, filho! É o cheiro da cebola'. Quando ele pisava na grama e falava: 'me tira daqui!'. E eu falava: 'filho, para de frescura, é só grama'. Queria muito colo, não gostava de ir para o meio do mato - onde a gente vai muito - porque o barulho das moscas incomodava ele”, disse.
Diagnóstico da síndrome
Giovanna também contou que o diagnóstico veio após a análise de vários médicos, assim como as observações feitas por ela e seu marido, Bruno Gagliasso. A princípio, a atriz suspeitava que Bless poderia ser diagnosticado com autismo, até que uma médica concluiu que o quadro tratava de uma síndrome sensorial.
"Durante a pandemia, o Bless começou a ficar muito aéreo, [fazendo] algumas coisas que eu achava um pouco estranhas. Comecei a achar que ele poderia ter um grau de autismo, até que uma médica em São Paulo o diagnosticou com uma síndrome sensorial [Transtorno de Processamento Sensorial]. Ele ouve mais do que nós todos, ele sente mais, sente mais cheiro", revelou Giovanna.
A condição é definida como uma desordem neurofisiológica, alterando a maneira como o sistema nervoso e o cérebro processam as informações sensoriais. Isso pode provocar sintomas como intolerância a ruídos e dificuldade em manusear algumas texturas.
"A criança não suporta alguns estímulos sensoriais e se desorganiza quando exposta a eles. É muito comum que a criança tenha hiperresponsividade a uns estímulos e hiporresponsividade a outros ao mesmo tempo", explicou Ana Márcia Guimarães, membro do Departamento de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade Brasileira de Pediatria, em entrevista prévia ao MinhaVida.
Como é feito o tratamento?
No geral, o tratamento do Transtorno de Processamento Sensorial é feito com sessões de terapia ocupacional. Nelas, são aplicadas diferentes tipos de atividades que ajudam a criança a fortalecer suas habilidades sensoriais e cognitivas, o que pode amenizar os sintomas provocados pela condição.
Caso a síndrome leve a outros problemas, como sintomas de depressão ou isolamento, outros profissionais podem ser envolvidos no tratamento do transtorno. Entre eles, estão terapeutas focados em terapia comportamental.