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A jornalista e apresentadora Glória Maria morreu nesta quinta-feira (2) em decorrência de um câncer de pulmão com metástase para o cérebro. Em nota, a TV Globo afirmou que Glória vinha passando por um tratamento para combater as novas metástases do tumor cerebral.
“Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia, e metástase no cérebro, tratada cirurgicamente, inicialmente também com êxito”, relembrou a emissora em comunicado. “Em meados do ano passado, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias, e Glória morreu esta manhã, no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio”.
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O problema de saúde foi descoberto após a jornalista sentir-se mal e realizar uma ressonância magnética. Glória chegou a ser submetida a uma cirurgia de emergência para a retirada de uma “lesão expansiva cerebral”.
Tumor cerebral metastático: o que é e quais são as complicações?
O tumor cerebral metastático atinge o cérebro em decorrência da metástase, “espalhamento” de um tumor de origem em outro órgão. No caso de Glória Maria, o câncer de pulmão sofreu metástase para o cérebro. É possível que as células cancerígenas tenham caído na corrente sanguínea, se instalando no sistema nervoso.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 4% das mortes por câncer no Brasil estão relacionadas com tumores cerebrais. Além disso, 25% dos tumores que têm origem em outras regiões do corpo se espalham para o cérebro, provocando sintomas como:
- Dor de cabeça;
- Náusea e vômitos;
- Convulsão;
- Agitação motora;
- Falta de coordenação motora;
- Fraqueza ou rigidez muscular;
- Falta de sensibilidade;
- Dificuldade para falar;
- Problemas com leitura e escrita;
- Movimentos involuntários.
O tumor cerebral pode afetar diversos funcionamentos do organismo. Dependendo de qual área do cérebro for afetada, a doença pode provocar:
- Fraqueza e paralisação de um membro do corpo, como braço ou perna;
- Prejuízo da capacidade de sentir calor, frio, pressão ou cortes;
- Dificuldade de comunicação (tanto de compreender quanto de falar);
- Aumento ou diminuição da respiração;
- Redução do estado de alerta;
- Prejuízo aos sentidos (olfato, tato e audição).
Como são feitos o diagnóstico e o tratamento?
O diagnóstico pode ser feito através de exames neurológicos e exames de imagem, como eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética, entre outros. O tratamento é feito de forma multidisciplinar, envolvendo diferentes especialidades médicas, como neurocirurgião, radioterapeuta, oncologista e neurologista.
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O tratamento pode ser cirúrgico, em que o tumor cerebral é removido sem causar lesão no tecido cerebral normal. Esse procedimento é necessário caso o crescimento do tumor afete estruturas cerebrais importantes. Além disso, o tratamento sistêmico pode ser feito com medicamentos, quimioterapia e radioterapia.