Clínica médica, mestre em auriculoterapia e pós-graduada em geriatria, medicina tradicional chinesa, ortomolecular e tra...
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O corpo passa por transformações ao longo do envelhecimento, visíveis ou não. Uma delas é a redução da síntese de vitamina D. Isso acontece principalmente porque a pele participa da produção do nutriente a partir da exposição solar e, com o avanço da idade, ocorre um afinamento natural de suas camadas superiores - o que prejudica o processo.
A geriatra Márcia Umbelino dos Santos aponta outras possíveis causas do problema, pensando no que é mais comum nessa faixa etária. Ela cita:
- Pouco contato com o sol devido a questões culturais, sociais e econômicas;
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Frequente uso de medicamentos anti-hipertensivos ou anti-inflamatórios;
- Problemas intestinais que dificultam a obtenção de vitamina D por meio da dieta.
Todos esses fatores tornam os idosos mais favoráveis à deficiência do nutriente, cujo principal papel no organismo é fortalecer a imunidade e a saúde dos ossos e músculos. Não é à toa que muitas pessoas com essa condição acabam desenvolvendo osteoporose e infecções. “A falta de vitamina D é realmente muito prejudicial à saúde, especialmente entre os idosos”, comenta a especialista.
Quando se preocupar?
O recomendado é que, depois dos 60 anos, os níveis se mantenham entre 50 e 70 ng/mL de sangue. Para isso, o ideal é fazer regularmente exames de sangue, já que a falta do nutriente pode ser assintomática.
Nos casos em que ela não é, o paciente pode notar:
- Dor nos ossos e músculos;
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Fadiga;
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Aumento das fraturas;
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Queda de cabelo.
Qualquer um dos sintomas deve servir de alerta para a falta de vitamina D, sendo o mais indicado visitar um médico para confirmar o diagnóstico e recomendar o melhor tratamento.
Formas de obter o nutriente
Para quem só quer prevenir a deficiência, tomar sol todos os dias por cerca de 15 minutos já pode ser o suficiente. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, isso deve ser feito antes das 10h e depois das 16h. Também é recomendado ingerir alimentos com vitamina D, incluindo peixes, ovos e cogumelos.
Agora, se a pessoa já estiver com falta do nutriente, os médicos indicam a suplementação. Conforme explica a geriatra: “A dosagem vai variar de acordo com a necessidade de cada paciente, levando em conta os hábitos de vida e a presença de comorbidades”. O mais comum, no entanto, é que eles tenham que tomar entre 800 e 2000 UI diariamente.