Médico formado pela Universidade Católica de Brasília. Possui Residência Médica em Psiquiatria pelo Hospital São Vicente...
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A ansiedade e a irritabilidade podem andar lado a lado, afinal, o transtorno leva a sintomas emocionais que envolvem a preocupação excessiva e a inquietação. Ambas as condições podem ser tratadas com psicoterapia, mas, em alguns casos, é necessário o uso de medicação. Mas, atenção: o uso do mesmo remédio para ansiedade e irritabilidade vai depender da orientação médica.
A irritabilidade pode ser um dos sintomas da ansiedade, mas o transtorno não é a sua única causa. Outros fatores podem contribuir para o mau humor, como o estresse, alterações hormonais, fadiga, ausência de sono de qualidade, depressão e outras condições de saúde.
“É possível, por exemplo, que a pessoa esteja irritada por dormir mal, sem qualidade ou duração necessária, portanto, é fundamental esta investigação”, explica Larissa Fonseca, psicóloga especialista em ansiedade, crise de pânico, burnout e sono.
Por isso, identificar a causa da irritabilidade é fundamental para definir qual é o tratamento mais eficaz para aliviar o sintoma. “Inicialmente, o tratamento principal é a psicoterapia, que pode ou não envolver medicamentos, mas quem realiza essa avaliação e prescrição é o psiquiatra. Tudo depende da necessidade do paciente”, afirma a psicóloga.
Quais medicamentos podem ser usados para tratar ansiedade e irritabilidade?
De acordo com o psiquiatra Alisson Marques, os remédios para ansiedade que podem atuar para o controle da irritabilidade relacionada ao transtorno são:
- Escitalopram
- Fluoxetina
- Citalopram
- Paroxetina
- Venlafaxina
- Desvenlafaxina
- Duloxetina
- Fluvoxamina
“Algumas dessas medicações atuam como inibidores de recaptação da serotonina e outras atuam na noradrenalina e na dopamina. Todos eles estão relacionados ao controle da ansiedade de maneira prolongada, ou seja, para evitar crises de ansiedade e os sintomas associados, como a irritabilidade”, explica Alisson.
Existem, ainda, alguns medicamentos que podem ser usados diretamente em momentos de crise. É o caso do Alprazolam e do Clonazepam. “Eles não podem ser usados por períodos prolongados porque possuem potencial de dependência”, alerta o psiquiatra.
Além dos medicamentos, o que mais é eficaz no tratamento?
Nem sempre o uso de medicamentos para ansiedade são necessários no tratamento do transtorno - e, mesmo quando há a indicação, outros métodos devem ser feitos em conjunto. Segundo a psicóloga Larissa, o tratamento para ansiedade pode incluir:
- Terapia cognitivo-comportamental
- Práticas de mindfulness
- Meditação
- Prática de exercícios físicos
- Técnicas de relaxamento
- Manter uma alimentação saudável
- Higiene do sono
- Evitar estímulos desencadenadores de instabilidade emocional
“A combinação dessas estratégias, adaptadas às necessidades individuais, pode proporcionar um tratamento abrangente e sustentável”, completa a psicóloga.