Clarissa Tamie Hiwatashi Fujiwara Deveza é nutricionista pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (F...
iRedatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
Com mais de 500 milhões de células nervosas, o intestino é conhecido como segundo cérebro, sendo responsável por parte importante do funcionamento do organismo. No documentário “Os segredos da alimentação”, da Netflix, médicos e pesquisadores desvendam os impactos que a alimentação pode gerar no órgão e consequentemente na qualidade de vida de forma geral.
O MinhaVida listou 5 curiosidades reveladas na obra e que podem transformar nossa relação com a alimentação. Confira!
1. Comer fibras deveria ser o seu foco número 1
Alimentos ricos em fibras são parte essencial na nossa alimentação. Isso porque as fibras alimentam e fortalecem a microbiota intestinal, população de bactérias boas para o funcionamento do intestino e que ajudam o organismo a reagir contra alergias e intolerâncias. Em uma dieta carente de fibras, é possível que as bactérias comecem a se alimentar do muco intestinal, deixando o organismo suscetível a doenças como a síndrome do intestino irritável.
Em entrevista prévia ao MinhaVida, a nutricionista Clarissa Fujiwara, explicou ainda que o processo de fermentação dessas fibras, chamadas de fibras solúveis, também favorecem uma maior frequência de evacuações.
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2. O alimento que é bom pro seu amigo, pode não ser bom pra você
Cada pessoa extrai nutrientes e calorias diferentes de um mesmo alimento. Por isso, uma pessoa pode perder peso e outra ganhar peso mesmo ambas realizando a mesma dieta. As bactérias individuais de cada intestino vão se aproveitar dos nutrientes de formas distintas, provocando a produção de substâncias que podem estar em excesso no organismo, como por exemplo, a glicose.
3. Nós treinamos a nossa vontade de acordo com o que a gente come
O nível de fome e a vontade por determinados alimentos podem ser provocados por uma população bacteriana, que envia esse desejo ao cérebro. Dessa forma, pessoas que consomem alimentos ricos em gordura, terão bactérias que irão pedir gorduras; indivíduos que consomem muito açúcar terão bactérias que desejam açúcar, e assim por diante.
4. Comer bem pode te salvar da tristeza
A alimentação pode influenciar diretamente no humor. Um exemplo, descoberto pelos estudiosos do documentário, é que pacientes com sintomas associados à depressão normalmente não apresentam no intestino bactérias responsáveis por moldar a química cerebral, levando a alterações de humor.
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5. A influência do intestino está presente até em doenças que parecem não ter nada a ver com ele
Um fato curioso observado pelos estudiosos e relatado no documentário é que pacientes com doenças crônicas, como o Parkinson, podem apresentar episódios de problemas intestinais, como constipação, com frequência. A ciência agora estuda para descobrir a relação entre os fatos.