É diretor Técnico de Obstetrícia do Grupo Santa Joana. Graduado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIF...
iJornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iNesta quinta-feira, dia 09 de maio, Justin Bieber e a esposa, Hailey, anunciaram que estão à espera do primeiro filho. A notícia foi publicada através das redes sociais do casal, que comemorou a novidade com fotos e vídeos inéditos da futura mamãe Bieber mostrando a barriguinha de grávida. Eles também aproveitaram o momento comemorativo para renovar os votos de casamento.
Mas, antes de engravidar, há dois anos, Hailey passou por um episódio de derrame que levou a necessidade de fazer uma cirurgia cardíaca. Será que, mesmo com essa condição, aparentemente já tratada, existe algum risco para a sua gestação? O MinhaVida entrevistou o Ginecologista Eduardo Cordioli, diretor médico de Obstetrícia do Grupo Santa Joana, que esclareceu o assunto. Acompanhe!
Entenda o que provocou o derrame em Hailey Bieber
Em 2022, Hailey Bieber, deu um grande susto em seus fãs quando contou através das suas redes sociais que havia sofrido um derrame após a formação de um coágulo e que, por isso, precisou fazer uma cirurgia cardíaca. "Fiz um procedimento para fechar um buraco que tinha no coração, conhecido como PFO (Patent Foramen Ovale), seguido por um AVC transitório", explicou a modelo em um post na época.
Hailey, que tinha 26 anos quando fez o procedimento, detalhou este caso em um vídeo publicado no YouTube e contou como descobriu o defeito do septo atrial, que causou um buraco na parede entre as câmaras superiores do coração. "É algo congênito, que deveria ter fechado sozinho. Descobriram que eu tinha um defeito nível cinco. Um coágulo escapou por esse buraco e viajou até o meu cérebro”, foi assim que acabou sofrendo o derrame.
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Após o derrame, Hailey Bieber pode ter uma gestação de risco?
Um derrame, também conhecido como acidente vascular cerebral (AVC), pode variar em gravidade e impacto, dependendo de diversos fatores, incluindo a extensão do dano cerebral e o tratamento recebido.
Embora um histórico de derrame possa aumentar o risco de complicações durante a gravidez, isso não significa necessariamente que a gestação será arriscada. Porém, no caso de Hailey, o Ginecologista aponta que pode haver um novo risco de reabertura desse orifício e aumentar as chances de complicações, como um outro AVC ou a formação de coágulos sanguíneos. Além desses, Eduardo ressalta outros riscos possíveis:
“Existe um risco de insuficiência cardíaca, porque durante a gravidez todas as mulheres têm um estresse significativo no coração, o que pode desenvolver pressão alta, as chances de pré-eclâmpsia e, consequentemente, um parto prematuro", alertou o especialista.
Por esse motivo, é importante que Hailey siga todos os cuidados médicos adequados, incluindo acompanhamento pré-natal e monitoramento regular da sua saúde. Todas essas medidas podem ajudar a prevenir muitos riscos associados a uma gravidez após um derrame.
Cuidados que uma gestante que já sofreu um derrame precisa ter
Primeiramente, é crucial que a futura mamãe consulte seu médico antes mesmo de engravidar. Discutir qualquer histórico de problemas cardíacos e avaliar os riscos é fundamental para traçar um plano de cuidados personalizado. Neste momento, não tenha medo de fazer perguntas e expressar suas preocupações - uma comunicação aberta com o profissional de saúde é a base para ter uma gravidez tranquila.
Durante a gestação, o acompanhamento médico regular é ainda mais importante para monitorar de perto a saúde cardiovascular da mãe. Eduardo conta que é fundamental que toda gestante com problema cardíaco tenha a avaliação de um obstetra especializado em alto risco e um cardiologista. “Ela precisa fazer pré-natal completo, com ultrassonografia logo no início da gestação e com uma frequência maior para entender a reação de crescimento do bebê”.
O Ginecologista também explica que é necessário fazer ecocardiograma e teste de função cardíaca na futura mamãe, além de outros exames: “Fração de ejeção do ventrículo esquerdo, para ver se a gestante tem uma adequada função cardíaca, e o controle rigoroso da pressão arterial em todo pré-natal”. Todas essas medidas são necessárias e ajudam a detectar qualquer sinal de alerta precocemente.
Além disso, é essencial seguir à risca as orientações médicas, incluindo a medicação prescrita e mudanças no estilo de vida, como dieta e atividade física.
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