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A cafeína do café não é a única responsável pelos efeitos estimulantes e saudáveis desta bebida, mas é sem dúvida a mais importante. Esta molécula continua sendo a razão pela qual milhões de pessoas permanecem fiéis ao seu cafezinho todas as manhãs, embora muitos consumidores tenham mudado aderido as bebidas energéticas para obter aquele impulso de vigor durante o dia.
O aumento descontrolado do seu consumo, especialmente entre a população mais jovem, preocupa cada vez mais os profissionais e autoridades de saúde, que alertam para os riscos. Por trás de um nome cativante e de um design moderno e jovem, estão grandes quantidades de cafeína.
A maneira mais fácil de ter uma ideia de quanta cafeína contem nestas bebidas é compará-las com a bebida mais comum e mais próxima de nós: o próprio café.
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Não é tão fácil calcular
Calcular exatamente a quantidade de cafeína que uma xícara de café contém é praticamente impossível, pois depende de muitos fatores e variáveis. Desde o tipo de grão e sua origem até o grau de torra, a espessura da moagem, a técnica de preparo, o tempo de extração, a proporção do café e o volume de água. Tudo influencia na quantidade final de cafeína.
As coisas também ficam complicadas quando se fala em “xícara de café”. Cada país, cada região e até cada estabelecimento ou barista tem medidas próprias para os diferentes tipos de café.
Apesar disso, para tentar facilitar, especialistas e autoridades calcularam a quantidade aproximada de cafeína que as principais preparações desta bebida costumam conter, em média:
- Expresso canônico italiano (30-40 ml): 47-75 mg
- Expresso ou café preto normal (50-60 ml): 80-100 mg
- Café filtrado (100-200 ml): 75-200 mg; a média da EFSA é de 113 mg
- Café americano (354 ml): 154 mg
- Café solúvel (236 ml): 57 mg.
Já as bebidas energéticas mais consumidas no Brasil tem, em média, 160 mg de cafeína por lata (500 ml), ou seja, o equivalente a duas xícaras de café preto normal.
É preciso lembrar que, além disso, essas bebidas carecem das propriedades saudáveis demonstradas pela ciência que o café possui, e também contêm grande quantidade de açúcares ou adoçantes. Seu abuso, e mais ainda entre a população jovem, pode causar alterações comportamentais, problemas cardiovasculares e neurológicos, entre outros efeitos, podendo causar dependência.
A EFSA determina que um adulto saudável pode consumir de forma saudável até 200 mg de cafeína por refeição, cerca de 3 mg por quilo de peso. Até 400 mg de cafeína por dia é considerado consumo seguro para adultos, exceto para gestantes, que deve ser no máximo 200 mg por dia.
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