Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iPara se manter saudável e adotar um estilo de vida equilibrado, a atividade física é muito importante. É o que afirmam especialistas como a Organização Mundial da Saúde e Dan Buettner, pesquisador na área de longevidade e criador das Zonas Azuis do planeta — aquelas regiões que concentram o maior número de centenários por metro quadrado.
Mas tenha cuidado, pois este exercício não precisa ser vigoroso. Bastaria manter-se ativo diariamente, realizando, por exemplo, as tarefas cotidianas que normalmente fazemos.
Atividades diárias e prevenção de doenças cardiovasculares
Esse conceito foi reafirmado por Buettner em várias ocasiões, e agora, um estudo realizado pela Universidade de Sydney também observou que apenas 1,5 a 4 minutos diários de atividades rotineiras de alta intensidade, como subir escadas ou carregar sacolas de compras, podem ajudar a prevenir doenças cardiovasculares para quem, pelas circunstâncias, não pode ou não quer praticar exercícios mais estruturados.
Parece que, na meia-idade, períodos mais longos de atividade física de alta intensidade estão associados a riscos significativamente mais baixos de doenças cardiovasculares. Isso é especialmente importante para as mulheres que não podem praticar esportes por algum motivo, uma vez que tendem a ter um nível mais baixo de aptidão cardiovascular em qualquer idade, afirmam os pesquisadores.
VILPA: uma prática simples para melhorar a saúde cardiovascular
O estudo foi baseado em 81.052 homens e mulheres de meia-idade, com média de 61 anos, do UK Biobank, que monitoraram sua atividade diária durante semanas completas de 24 horas, entre 2013 e 2015. Os grupos foram divididos entre aqueles que não praticaram atividades estruturadas e aqueles que faziam caminhadas mais de uma vez por semana.
Durante esse período, foram monitorados os casos de ataques cardíacos, derrames e insuficiência cardíaca. Da mesma forma, as mulheres que praticavam, em média, apenas 3,4 minutos de VILPA (Atividade Física Vigorosa Intermitente de Estilo de Vida) por dia, mas não faziam exercícios formais, tinham 45% menos probabilidade de sofrer qualquer tipo de MACE (evento cardiovascular adverso), 51% menos chance de ter um ataque cardíaco e 67% menos probabilidade de desenvolver insuficiência cardíaca do que as mulheres que não incluíam qualquer VILPA em sua rotina.
Entretanto, os homens que praticavam, em média, 5,6 minutos de VILPA por dia, mas não faziam exercício formal, tinham 16% menos probabilidade de sofrer qualquer tipo de MACE do que os homens que não registraram qualquer VILPA. Um mínimo de 2,3 minutos diários foi associado a uma redução de risco de apenas 11%.
No entanto, os mesmos pesquisadores afirmam que este é um estudo observacional e que não é possível garantir que esses curtos períodos de atividade reduzam tipos específicos de eventos cardiovasculares.
A conclusão do estudo é que "transformar curtos períodos de atividade física intensa em um hábito de vida pode ser uma opção promissora para mulheres que não estão interessadas em exercício estruturado ou que não podem praticá-lo por algum motivo.
Pode ser tão simples quanto incorporar alguns minutos de atividades ao longo do dia, como subir escadas, carregar compras, subir ladeiras, brincar de pega-pega com uma criança ou animal de estimação, ou caminhar ladeira acima ou em ritmo acelerado", conclui o professor Emmanuel Stamatakis, diretor do Mackenzie Wearable Hub do Charles Perkins Center e da Faculdade de Medicina e Saúde.