Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
Nada se compara a um bom caldo caseiro, base de uma infinidade de receitas. Em um mundo ideal, todos nós teríamos sempre à mão um caldo de galinha, de frutos do mar ou de legumes, mas a realidade é que às vezes precisamos de soluções rápidas.
Se não quisermos usar apenas água, temos algumas opções: caldos industrializados ou caldos em cubos concentrados. Esses últimos são baratos e populares, mas podem não ser a melhor opção.
A verdade é que os caldo de carne em cubos, quando se difundiram como um produto comercial industrializado, foram uma revolução nas cozinhas domésticas e comunitárias, bem como na incipiente indústria hoteleira e de bufê. Inicialmente desenvolvidos para fins militares no século 18 para abastecer as tropas napoleônicas, o suíço Julius Maggi aperfeiçoou sua produção e começou a comercializá-los em escala industrial.
Sua praticidade e seu baixo preço rapidamente os tornaram um grande sucesso e logo foram produzidas réplicas por outros fabricantes em toda a Europa e nos Estados Unidos. Eles se tornaram um recurso barato e prático para as classes mais baixas e para as atarefadas donas de casa.
Como são feitos os caldos em cubo?
O processo de fabricação desses caldos em cubos é simples, mas inclui raramente o caldo como ingrediente. Ou seja, em vez de reduzir e secar um caldo preparado, ele é uma combinação de ingredientes que podem ser diluídos para fazer caldo – ou preparações semelhantes.
Embora existam vários métodos, dependendo da empresa, uma produção convencional consiste em misturar ingredientes sólidos desidratados e secos (vegetais, ervas, amidos, carne, peixe) com extratos líquidos concentrados ou desidratados (gordura) e aditivos (sal, glutamato monossódico, especiarias, aromas.
A mistura pode ser deixada para maturar por algumas horas antes de ser prensada mecanicamente para formar uma pasta sólida, então esfarelada. É comum usar uma máquina extrusora.
O que há nos caldos em cubo?
Como sempre, quando estiver em dúvida ou curioso sobre o que exatamente está comprando, basta olha a lista de ingredientes. Tudo deve estar claramente indicado por lei e na ordem da maior para a menor proporção.
Normalmente, vemos que o primeiro e principal ingrediente é o sal e os intensificadores de sabor. Embora os aditivos sejam seguros, estão longe de se assemelhar a um caldo caseiro feito em casa.
Por que não devemos abusar dos caldos em cubo?
Os realçadores de sabor, como o sal, os açúcares e os aromatizantes, tornam esses alimentos mais palatáveis, modificam o sabor e nos incentivam a comer mais, aumentando o nível de tolerância a alimentos muito salgados ou muito doces que gradualmente substituem os alimentos saudáveis.
O recurso ocasional a esses concentrados não nos prejudicará se o fizermos dentro do contexto de um estilo de vida e de uma dieta equilibrados e saudáveis; é o abuso recorrente que pode ser um problema a médio e longo prazo. Se tivermos que recorrer a caldos em cubo, é melhor escolher uma referência com pouco sal, com alta porcentagem de frango, legumes, carne ou peixe, com gorduras de qualidade, como azeite de oliva, e sem adição de açúcares.
Também é importante ler os ingredientes, com as mesmas premissas: dê prioridade àqueles que contêm o que você usaria em casa e não use realçadores de sabor, muito sal, amidos ou açúcares.
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